JOSUÉ
ESBOÇO DE JOSUÉ:
I – Prólogo: a promessa e as suas conseqüências (capítulo 1).
II – A ENTRADA NA TERRA (2:1 – 5:12)
A. A promessa e uma prostituta cananéia – (capítulo 2)
B. A promessa e a travessia do Jordão – (capítulos 3-4)
C. A promessa é relembrada na terra (5:1-12)
III – A CONQUISTA DA TERRA (5:13 – 12:24
A – O príncipe do exército do Senhor – (5:13-15)
B – Perecer e viver sob a promessa – Jericó e Raabe (capítulo 6
C – O abuso da promessa – Acã (capítulo 7)
D – A vitória prometida: Ai (8:1-29)
E – O povo da promessa (8:30 – 35)
F – O temor cananita e o fracasso israelita: o tratado com os gibeonitas e
a maldição (capítulo 9).
G – A conquista do Sul – (capítulo 10)
H – A conquista do Norte – (capítulo 11)
I – A lista dos reis derrotados e o tesouro conquistado – (capítulo 12).
IV – O RECEBIMENTO DA TERRA PROMETIDA (13:1 – 21:45)
A – A ordem para distribuir a terra (13:1-21:45)
B – Leste do Jordão: a terra dada a Rúben, Gade e à meia tribo de
Manassés (13:8-33)
C – Oeste do Jordão – (14:1 – 19:51)
1 – Introdução – (14:1-5)
2 – Calebe – exemplo de fidelidade na obediência – (14: 6-15)
3 – Judá: (capítulo 15).
4 – Efraim e Manassés – (16:1 – 17:18).
5 – As outras tribos e Josué – (18:1 – 19:51)
D – Justiça na Terra Prometida: as cidades de refúgio (20:1-9)
E – As cidades para os levitas (21:1-42)
1 – O pedido dos levitas (21:1-3)
2 – A distribuição das cidades – (21:4-8)
3 – Lista das cidades – (21:9-40)
a – Cidades para os coatitas – (21: 9-26)
b – Cidades para os gersonitas – (21:27-33
c – Cidades para os meraritas – (21:34-40)
F – Resumo final: (27:43-45)
V – Epilogo – (22:1 – 24:33)
A – Unidade de Israel: a sua base e a sua vulnerabilidade (capítulo 22)
B – As exigências da fidelidade a Deus – (capítulo 23)
C.- Decisão: a opção de Israel em Siquém – (24:1-28)
D – O fim de uma era: a morte de Josué e Eleazar – (24:29-33).
CAPÍTULO 1
1:1-18 – As palavras iniciais indicam tanto o ponto de vista histórico do livro
como a necessidade que o povo enfrentou de uma reavaliação de sua
comunhão com Deus, da qual o livro trata. A morte de Moisés conclui o castigo de Deus sobre a geração que saiu do Egito (5:4-6); Deuteronômio 1:35; 32:51).
O que se deve dizer quando Moisés tinha morrido e o povo de Israel tinha caído debaixo do julgamento de Deus? Este primeiro capítulo introduz a resposta a esta pergunta, a saber que mesmo “depois da morte de Moisés”, o Senhor foi fiel às Suas promessas, Ver INTRODUÇÃO: CARACTERÍSTICAS E TEMAS,
Essa realidade e suas conseqüências foram descritas por Deus a Josué (versículos 1-9), e, então, por Josué ao povo de Israel em geral (versículos 10-11) e, em particular às duas tribos e meia (versículos 12-15). Finalmente, ficou registrada a reação do povo (versículos 16-18.
1:1 – SERVO DO SENHOR – Esse título de honra sugere o papel especial de
Moisés dentro dos propósitos de Deus (versículos 1-2, 7, 13, 15; conforme Isaías 42:1). Esse título também foi dado a Abraão (Gênesis 26:24) e será aplicado a Josué por ocasião de sua morte (24:29).
JOSUÉ – O nome de Josué foi mudado de “Oséias” (“Salvação”) para “Josué”
(“o SENHOR é salvação) por Moisés (Números 13:16). Josué aparece como assistente de Moisés desde Êxodo 17. Ele foi um dos homens enviados de
Cades-Barnéia para explorar a Terra Prometida (Números 13:8) e uniu-se a Calebe, convidando os israelitas a confiarem no Senhor e a não se rebelarem contra Ele (Números 14:6-9). Tal como Calebe (Deuteronômio 1:36), ele escapou ao julgamento que caiu sobre aquela geração, por causa de sua recusa em obedecer a Deus em Cades-Barnéia. Josué foi apresentado como sucessor de Moisés, conforme fora antecipado antes da morte de Moisés (Números 27:12-23;
Deuteronômio 3:28; 31: 1-8). O papel de Josué, porém, continuou subordinado ao
papel de Moisés. Isso foi expresso na sua submissão ao “Livro da Lei” (1:8,nota), bem como em sua obediência aos mandamentos de Moisés, algo repetidamente enfatizado por todo o livro (por exemplo 1:7; 8:31; 11:12,15; 14:2,5; 20:2).
Na transição entre Moisés e Josué há continuidade porque o propósito de Deus para com Israel persiste, mas também existe descontinuidade, porquanto a era de Moisés foi ímpar e é o padrão de comparação para as gerações futuras.
Há, semelhantemente, uma continuidade e também descontinuidade na transição neotestamentária entre os Evangelhos e o Livro de Atos.
1:2 – PASSA ESTE JORDÃO – O povo de Israel estava no lado leste do rio Jordão (Deuteronômio 1:1), que tem um vale profundo e formava uma formidável fronteira entre eles e a terra que Deus lhes havia prometida, ao oeste. Ver 3:15.
À TERRA – A Terra Prometida foi uma dádiva de Deus aos israelitas, em
Fidelidade à Sua promessa a Abraão (versículos 3,6). Este é o tema dominante do livro: note a elaboração dessa idéia, em 24:13, que ecoa em Deuteronômio 6:10-11. A terra é uma expressão daquilo que o Novo Testamento chama de “graça” (Efésios2:8). Ver nota em 21:43.
1:3 – VOSSO PÉ – A palavra “vosso” está no plural, indicando que a promessa foi
dirigida a todo o povo de Israel.
1:4 – A extensão da Terra Prometida aqui excede aquilo que foi, de fato, conquis-
tado nos dias de Josué e corresponde às dimensões do reino de Davi e Salomão (I Reis 4:21). Apesar da ênfase sobre o cumprimento nos dias de Josué,
(21:46, nota); o livro entende a promessa como se ainda apontasse para o futuro (13:1, nota; 23:5,12-13).
1:5-9 – Essas promessas foram dirigidas a Josué, pessoalmente, como o sucessor
de Moisés. Esta seção começa e termina com a promessa de Deus de que estaria com Josué. Em segundo e penúltimo lugar, pela ordem, está a exortação para ele ser forte e corajoso. No meio, está o mandamento de guardar a lei juntamente com a promessa de vitória se ele assim procedesse. No capítulo 23, Josué aplicou essas idéias a todo o povo de Israel, à luz da fidelidade de Deus, que o Livro de Josué proclama.
1:5 – SEREI CONTIGO – Ver Gênesis 26:3 e notas; Êxodo 3:12. A presença
divina não é um conceito geral aqui, nem uma experiência mística, mas é a
presença de Deus para cumprir as Suas promessas. Conforme a promessa de Jesus, em Mateus 28:20.
1:6 – SÊ FORTE E CORAJOSO – A confiança, baseada nas promessas de Deus,
é a essência da fé bíblica (versículos 9,18; 8:1; 10:8,25; 11:6).
HERDAR – A noção de que a terra era uma herança é uma idéia importante
Neste livro. Uma herança é alguma coisa entregue no passado, como a
Terra foi dada na promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. Em segundo
Lugar, o que é herdado demanda responsabilidade. Ver I Pedro 1:4.
1:7 – FAZER – O relacionamento essencial entre a fé e a obediência é ilustrada
aqui. A fé é a confiança baseada na promessa de Deus (versículo 6) e tal
fé resulta na obediência (versículo 7).
A LEI – A palavra hebraica é mais ampla em seu significado do que “lei” em
Português. Pode incluir tanto promessas quanto mandamentos, bem como
Os registros das atividades de Deus. Ver “A Palavra de Deus: As Escrituras
como Revelação”, em Êxodo 32:16.
BEM SUCEDIDO – O sucesso deve ser entendido aqui em termos daquilo que
Deus prometeu. Tal sucesso não pode ser compreendido simplesmente como uma recompensa obtida mediante a obediência, porque a promessa foi prometida antes de qualquer ato de obediência. Seria mais exato compreender o sucesso prometido como algo que podia ser perdido devido à desobediência.
1:8 – LIVRO DA LEI – Ver 8:34-35; 23:6; Deuteronômio 31:24-25.
MEDITA – Conforme Salmo 1:2. Da meditação no Livro da Lei fluem todas as
Conseqüências da promessa já vista nos versículos 6-7; a obediência e o sucesso
(versículo 8), a fé e a presença de Deus (versículo 9). Ver “Entendendo a Palavra de Deus”, em Salmo 119:34.
1:11 – TRÊS DIAS – A narrativa de Josué não foi disposta em uma ordem cronológica estrita (Introdução: Características e Temas). É possível que o mandamento do versículo 11 fosse proferido após 3:1, mas foi registrado aqui para indicar o papel de Josué como o líder do povo por designação divina. É possível que “três dias” não seja uma expressão exata, mas que o seu sentido seja “alguns poucos dias”.
POSSUÍRDES – A promessa de Deus que fora dada (versículo 2) requer o ato humano de tomar posse, um ato de fé obediente (versículo 6; 18:3 notas).
1:12-15 – Números 32 mostra-nos como os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés (13:8, nota) já tinham recebido sua porção de terras a leste do rio Jordão. Ficou entendido que eles se ajuntaram ao resto de Israel na conquista da porção ocidental da Terra Prometida (Números 32:16-32; Deuteronômio 3:18-20).
Todo o povo de Israel devia participar em tomar posse da Terra Prometida como um todo. Há uma dramática seqüência no capítulo 22 – Ver notas em 12:1 e 13:8-33.
1:13 – DESCANSO – Ver também o versículo 15. O alvo da dádiva divina da Terra Prometida é, com freqüência referida como “descanso” (11:23; 21:44; 22:4; 23:1), uma condição ou estado que vincula à terra com os propósitos de Deus na criação
(Gênesis 2:2-3). Quanto à extensão neotestamentária da idéia, ver Hebreus 3:7 – 4:11.
1:16-18 – A resposta obediente dos israelitas a Josué e, portanto, a Deus, será ecoada e elaborada no fim do livro (Josué 24:16-24). A conexão essencial entre a fé e a obediência fica implícita aqui, a obediência do povo era uma evidência de que eles acreditavam na promessa, As qualidades necessárias para a liderança de Josué consistiam em Deus estar com ele (versículo 5, nota) e de ele ser um homem de fé (versículo 6, nota).
CAPÍTULO 2
2:1-5:12 – A primeira seção principal do livro relata o movimento dos israelitas
desde Sitim (2:1), atravessando o rio Jordão (capítulos3-4; conforme
1:2), até entrarem na terra de Canaã. Esse movimento assinala o fim de uma era (5:9) e também o começo de uma nova vida na Terra Prometida (5:12). Isso representa o primeiro testemunho principal do livro acerca da fidelidade de Deus para com suas promessas.
2:1 -24 – Antes da seqüência esperada do capítulo 1 (a saber, 3:1), há a surpreendente história dos espias que retornaram a Josué proclamando a promessa de Deus (versículo 24; conforme 1:2-5). Embora o Livro de Josué descreva, com detalhes gráficos, a destruição dos cananeus (Capítulos 6-12), ele também dá m lugar preeminente a RAABE (uma prostituta cananéia (Levítico 18:24 no contexto).
Foi dos lábios dela que os espias ouviram o testemunho da promessa e do poder de Deus (versículos 9-11), à luz da qual ela buscou e encontrou “misericórdia” (versículo 12). Ela será poupada do julgamento vindouro (6:22-23), encontrando um lugar entre o povo de Deus (6:25). Este capítulo testifica a graça de Deus ao levar tal mulher a buscar e encontrar a misericórdia divina. A história de Raabe aplica uma importante perspectiva aos julgamentos de Deus, que ocuparão grande parte deste livro
2:1 – SITIM – Esse local serve de lembrete de um tempo quando Israel se tornou
culpado de adultério (tanto físico quanto espiritual, (Números 25:1-3), um pe-
ríodo que não foi esquecido neste livro (22:17). ESPIAS – O papel desempenhado
por esses espias foi tão incomum quanto à conquista que se seguiu.
Tanto o papel deles como a conquista são moldados pela promessa de Deus.
Ver o relatório que trouxeram de volta, no versículo 24, conforme Números 13:17-20.
PROSTITUTA, CUJO NOME ERA RAABE – A narrativa não diz por qual razão
Eles escolheram a casa de Raabe. Ela é mencionada (relembrada) no Novo
Testamento como pertencendo à linhagem de Cristo (Mateus 1:5) e também
Como um exemplo de fé (Hebreus 11:31) e diz boas obras (Tiago 2:25).
2:2 – REI DE JERICÓ – A terra de Canaã compunha-se de cidades-estados, cada
qual com seu próprio monarca.
2:3 – A narrativa, conduzida com habilidade, cria um momento de tensão antes de
anunciar ao leitor que os homens tinham estado escondidos (versículo 4).
2:4 – EU NÃO SABIA – Na verdade, ela sabia (versículo 9). O autor do livro de
Josué não justificou e nem condenou Raabe por haver mentido, mas Tiago aprovou a ação dela (Tiago 2:25). Usar de meios para ludibriar o inimigo é uma tática necessária numa guerra. A questão fundamental foi que assim Raabe protegeu os espias estrangeiros (versículos 9-11).
2:6 – ELA…OS FIZERA SUBIR – Notar o estilo da narrativa em que a informação
é dada fora da seqüência cronológica.
Ver INTRODUÇÃO: CARACTERÍSTICAS E TEMAS.
2:7 – FECHOU-SE A PORTA – O clima de suspense da narrativa aumenta aqui,
pois os espias parecem agora ter sido apanhados.
2:9 – SEI – Raabe sabia o que Deus queria que os israelitas soubessem (3:10) –
que a promessa divina era verdadeira. PAVOR – Essa é a razão inevitável
de encontrar-se do lado errado daquilo que Deus promete fazer.
Comparar com 1:6. Na guerra santa, o pânico tomava conta dos inimigos de
Deus já pela aproximação do exército divino (5:1; 9:24;10:2; Êxodo 15:14-16
Deuteronômio 2:25).
2:10 – TEMOS OUVIDO – A causa do conhecimento de Raabe, bem como do
temor dos cananeus, eram as notícias daquilo que Deus já tinha feito em
favor de Israel, em fidelidade às suas promessas. Ver nota em 9:3.
AMORREUS – O termo “amorreus” é flexível, algumas vezes aplicado a
todos os povos de Canaã (por exemplo 24:15), algumas vezes mais espe-
cificamente ao povo que habitava na região montanhosa (por exemplo 5:1)
especificamente em distinção dos jebuseus, que também residiam na
região montanhosa (por exemplo 3:10).
SEOM E OGUE – Ver nota em 12:2-5.
DESTUÍSTES – Ver notas em 6:17-18.
2:11 – O SENHOR, VOSSO DEUS, É DEUS EM CIMA NOS CÉUS E EM BAIXO
NA TERRA – O reconhecimento de Deus, requerido em Israel (Deuteronô-
mio 4:39), foi expresso por Raabe.
2:12 – MISERICÓRDIA – A palavra hebraica com freqüência refere-se à misericór-
dia de Deus para com Israel, em consonância com as suas promessas.
UM SINAL CERTO – Provavelmente o juramento referido no versículo 14.
2:13 – LIVRAREIS A NOSSA VIDA DA MORTE – A misericórdia que Raabe bus-
cou pressupõe a certeza que ela tinha das promessas de Deus. Essa
certeza envolvia o livramento da ira vindoura (conforme I Tessalonicenses
1:10).
2:14 – DANDO-NOS O SENHOR ESTA TERRA – A certeza da promessa divina é
novamente tomada por certa.
2:15 – OS FEZ DESCER…O MURO DA CIDADE – A situação de suspense criada
nos versículos 2:3-7 é aqui resolvida.
2:18 – O CORDÃO DE FIO DE ESCARLATA – O fio de escarlata não é citado no
capítulo 6. É improvável que uma significação simbólica possa estar com-
preendida na cor escarlate, embora possamos fazer uma associação com o
cordeiro pascal e o sangue de Cristo.
2:24 – O SENHOR NOS DEU – Os espias voltaram com o relato de que a pro-
mês de Deus era, verdadeiramente certa (1:2); e isto eles tinham abrem-
do de Raabe.
CAPÍTULO 3
3:1 – 4:24 – A travessia do rio Jordão, o rio que assinalava a fronteira da Terra
Prometida, foi uma ocasião de admiração comparável à travessia do
Mar Vermelho (4:23; conforme 3:7; 4:14). A grande significação dessas maravilhas é indicada em 4:24. Essas maravilhas deviam permanecer como um testemunho para todos os povos de todos os séculos de que a mão do Senhor é poderosa. A proeminência da arca da Aliança (3:3, nota) relaciona o poder de Deus às promessas de Deus, que são o âmago da aliança. O capítulo 3 apresenta os eventos em ordem; o capítulo 4 retoma e elabora diversas questões, especialmente as pedras memoriais em Gilgal,
3:2 – TRÊS DIAS – Ver nota em 1:11.
3:3 – A ARCA DA ALIANÇA DO SENHOR, VOSSO DEUS – Ver Êxodo 25:10-22;
Deut3eronômio 10:5. A arca da Aliança desempenha um papel proeminente nos capítulos 3-4; 6-8. Ela representava não somente a presença do Senhor (Números 10:33-36), mas especificamente a sua aliança, que implica em seu compromisso diante de suas promessas, bem como as obrigações conseqüentes de Israel. Ver NOTAS EM 1:5 E 24:25.
OS LEVITAS SACERDOTES – Ver Deuteronômio 10:8.
3:4 – HAJA A DISTÂNCIA…ENTRE VÓS E ELA – O propósito dessa separação
pode ter sido para assegurar que a arca estivesse visível para o maior núme-
ro possível de israelitas. Ver 4:11
3:5 – SANTIFICAI-VOS – Ver 5:15, nota. Provavelmente, refira-se a atos físicos como lavar-se, que simbolizava a santidade do povo. Houve um requisito semelhante quando Deus desceu para o povo, no monte Sinai (Êxodo 19:10, 14-15). MARAVILHAS – A mesma palavra foi usada para indicar as pragas do Egito
(Êxodo 3:20; Juízes 6:13; Salmo 78:11; Miquéias 7:15), bem como por ocasião da conquista de Canaã (Êxodo 34:10; I Crônicas 16:9-24; conforme Jeremias 21:2).
3:7 – COMEÇAREI A ENGRANDECER-TE – O Senhor validaria a liderança de
Josué repetindo as maravilhas que ele fizera às margens do mar Vermelho
Através de Moisés. O Deus de Josué era o Deus de Moisés. Ver nota em
4:14.
PARA QUE SAIBAM – Os atos de Deus, com freqüência, têm o propósito de
Esclarecer e dar conhecimento (Êxodo 8:10; Deuteronômio 4:35; II Reis
19:19; Isaías 45:6). Tal conhecimento nunca é meramente intelectual.
Entretanto, é atingível mediante o ouvir acerca dos atos de Deus, bem
como de contemplá-los (2:9-10; 4:24). Aqui, o objeto do conhecimento é a
presença de Deus com Josué (1:5, nota; conforme Êxodo 14:31), que o
povo de Israel experimentaria através da fidelidade de Deus às suas pro-
messas. Ver notas no versículo 10; 4:24.
3:9 – AS PALAVRAS DO SENHOR, vosso DEUS – Este é um dever fundamental
do povo de Deus. Ver 1:8; 24:2.
3:10 – NISTO – A referência provável é ao milagre inteiro da travessia do rio
Jordão, embora a atenção se enfoque sobre o papel da arca (versículo 11).
CONHECEREIS – Ou seja “conhecer por experiência”. Conforme o versí-
culo 7. O que eles conheceriam era a presença de Deus no meio deles, no
cumprir sua promessa a eles até um certo ponto. Notavelmente, esse
conhecimento já havia sido assimilado por Raabe, em 2:9.
O DEUS VIVO – O Deus de Israel se opunha aos ídolos sem vida e era
contrastado com eles (Deuteronômio 32:21).
CANANEUS…JEBUSEUS – Temos aqui uma das diversas maneiras de
Mencionar os habitantes da terra de Canaã (Gênesis 15:18-21;
Deuteronômio 7:1). Ver nota em 2:10.
3:11 – A ARCA DA ALIANÇA DO SENHOR DE TODA A TERRA – Literalmente
“a arca da Aliança, o Senhor de toda a terra”. Não somente o símbolo da
Aliança, mas o próprio Senhor iria à frente de seu povo. O lembrete de que
Ele é o Senhor de toda a terra sugere que os eventos que se seguem
teriam um propósito que ultrapassaria as fronteiras de Israel (4:24; confor-
me 2:11; Gênesis 12:3; Êxodo 19:5-6).
3:12 – DOZE MESES – Isso antecipa o principal assunto do capítulo 4; ver 4:2.
3:13 – SE AMONTOARÃO – Essa linguagem tem similaridade com Êxodo 15:8;
Salmo 78:13, que descrevem a travessia do mar Vermelho (4:23). O Deus
do êxodo é o Deus da conquista.
3:14 – TENDO PARTIDO O POVO – Este versículo retoma as ações a partir do
versículo 6.
3:15 – O JORDÃO TRANSBORDAVA…TODOS OS DIAS DA SEGA – Essa infor-
mação vital toma o leitor de surpresa. A travessia seria ainda mais notável
do que o versículo 13 tinha indicado.
3:17 – A ARCA – Sendo instrumental do milagre, a arca transmitiu a poderosa
mensagem da fidelidade de Deus às Suas promessas da aliança.
CAPÍTULO 4
4:2 – DOZE HOMENS – Todas as tribos de Israel deviam estar representadas
(1:12-15).
4:6 – SINAL – Esse testemunho para as gerações futuras sobre a fidelidade de
Deus foi o primeiro entre os muitos testemunhos do Livro de Josué:
(7:26; 8:29). Ver nota no versículo 9.
QUE VOS SIGNIFICAM ESTAS PEDRAS – Êxodo 12:26-27; Deuteronô-
mio 6:20-25.
4:7 – ARCA – Assim como a arca da Aliança aparece com proeminência no
capítulo 3, da mesma forma, ela é também central para o relato da
história às gerações futuras. Ver notas em 3:3,17.
MEMORIAL – O propósito do “sinal” (versículo 6) e o relato sobre o mês-
mo era que as gerações futuras se lembrassem da maravilhosa fidelidade
de Deus às suas promessas. Quanto à importância de tal lembrança para
Israel, ver Deuteronômio 8:1-20; I Coríntios 11:25; II Timóteo 2:8.
4:9 – ATÉ AO DIA DE HOJE – Isto é, até o dia em que o escritor sagrado escre-
véu o Livro de Josué. Essa expressão ocorre com freqüência no Livro de
Josué (5:9; 6:25; 7:26; 8:28-29; 9:27; 10:27; 13:13; 14:14; 15:63; 16:10). o
que aponta para a evidência em favor da verdade e da relevância da
narrativa.
4:12 – RÚBEN…GADE…MANASSÉS – Ver 1:12-15.
4:13 – UNS QUARENTA MIL – Alguns estudiosos sugerem a palavra que aqui por
“mil significa uma unidade militar de número não especificado, um “contingente”.
4:14 – O SENHOR ENGRANDECEU A JOSUÉ…E RESPEITARAM-NO –
A exaltação de Josué, ocorreu em cumprimento a 3:7. Ver Êxodo 14:31.
A poderosa fidelidade de Deus às suas promessas teve o efeito de exaltar
aquele cuja liderança estava baseada nessas promessas.
4:15-18 – Aqui é descrita a conclusão do milagre, com o enfoque ainda sobre a
arca.
4:16 – A ARCA DO TESTEMUNHO – Também chamada de a arca da Aliança
(Êxodo 25:16,21-22; 31:15; 40:20). Os Dez Mandamentos tinham sido
depositados na arca como um testemunho à aliança que Deus fizera com Israel.
4:19 – NO DIA DEZ DO PRIMEIRO MÊS – Esse é o dia em que o cordeiro pascal
devia ser escolhido (Êxodo 12:3), sublinhando a conexão entre a travessia do rio Jordão e o êxodo. Ver os versículos 23: 5:10;
4:23-24 – o pronome “vosso” nos versículos 23-24, identifica as gerações poste-
riores com os grandes atos anteriores de Deus, como Moisés fez em
Deuteronômio 4:9-24; 5:2-5 e conforme Josué fará em 24:5-10 (24:7, nota)
4:24 – TODOS OS POVOS DA TERRA – As maravilhas dos capítulos 3-4 teriam
efeitos que ultrapassariam a geração imediata e iriam muito além do povo
de Israel *2:10; 5:1; conforme Gênesis 12:3). As admiráveis obras de Deus
na Bíblia devem afetar aqueles que ouvem falar delas, tão poderosamente
como aqueles que as vêem (Êxodo 10:2; e,supremamente, João 20:30-31)
Ver notas em 2:9-10. CONHEÇAM – O conhecimento de Deus e de Seus
propósitos constituem-se nos objetivos daquelas maravilhas (3:7,10 e
notas). Agora, fica demonstrado que esse alvo é aplicável a todos os
povos. Esse conhecimento não subentende, necessariamente a salvação
(Êxodo 10:18).
TEMAIS AO SENHOR – Uma expressão comum do Antigo Testamento
Que representa a verdadeira fé (Salmo 128:1). Ver 24:14, nota..
CAPÍTULO 5
5:1-12 – Um momento significativo (versículo 9) com o deserto atrás deles e a
nova vida na Terra Prometida à sua frente (versículos 11-12), assinalado
por dois atos simbólicos: a circuncisão (versículos 2-8) e a Páscoa (versí-
culo 10). A circuncisão foi o sinal da aliança com Abraão, ver em Gênesis
17:9-14, notas, e era requerida para a participação na Páscoa (vide
Êxodo 12:48). A circuncisão marcava o povo da promessa, a Páscoa
celebrava sua redenção do Egito. Tanto a promessa feita a Abraão
quanto a redenção da escravidão no Egito previam esse dia (Gênesis
17:8; Êxodo 3:8)
5:1 – OUVINDO TODOS OS REIS – Ver 4:24; nota em 2:9
AMORREUS – Ver nota em 2:10
5:2 – PASSA, DE NOVO, A CIRCUNCIDAR – Ver o versículo 5.
5:4-7 – Essa circuncisão era necessária porque a geração que saíra do Egito tinha
caído sob o julgamento de Deus. Em sua graça, Deus estava levantando
uma nova geração para Si mesmo (versículo 7). A circuncisão física tinha
seu significado espiritual, a circuncisão do coração (Deuteronômio 10:16;
30:6, notas).
5:6 – NÃO OBEDECERAM À VOZ DO SENHOR – Essa é a descrição mais
simples do comportamento que provocou o juízo divino. A referência é a
Números 14 (Deuteronômio 1:32,43).
O SENHOR TINHA JURADO – As promessas de Deus podem ser negativas.
5:7 – EM SEU LUGAR PÔS A SEUS FILHOS Essa gente, na realidade, formava
um “novo Israel”.
5:9 – REMOVI DE VÓS O OPRÓBIO DO EGITO – Essas palavras indicam a
grande significação daquele momento. A redenção da escravidão no Egito
só se completou com a entrada na Terra Prometida. Ver a promessa do
Êxodo 3:8. Se esse alvo não tivesse sido atingido, o opróbio do Egito teria
permanecido (Deuteronômio 9:28).
ATÉ O DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9.
5:12 – CESSOU O MANÁ – Temos aqui ima nova indicação de que uma nova era
havia começado e que a primeira seção principal do livro está concluída: ver Introdução: Esboço. Quanto ao maná e sua significação, ver Êxodo 16; Deuteronômio 8:2.
5:13- – 12:24 – A segunda seção principal do livro diz como os israelitas conquista-
ram a terra de Canaã. A chocante violência e a terrível destruição que se vê nestes capítulos perturba a muitos leitores. Não obstante, este texto parece retinir com louvores a Deus. Isso foi assim por causa da destruição, que é o verdadeiro e justo julgamento de Deus contra os pecadores (Gênesis 15:16; conforme Levítico 18:24-27; Deuteronômio 9:4-5), através do qual Ele cumpriu suas graciosas promessas a Israel (note a conexão entre a salvação e o julgamento, em Êxodo 14:13-14; Apocalipse 19:1-2).
Essas narrativas de destruição que encontramos no livro, testificam a fidelidade de Deus às Suas promessas (conforme a maldição na promessa em Gênesis 12:3) e
Prefiguram seu julgamento final contra aqueles que rejeitarem a Sua graça (Mateus 25:46; Hebreus 9:27; 10:26-31).
5:13-15 – O relato sobre a conquista começa com o aparecimento do “príncipe do exército do Senhor”. Isso nos mostra, em primeiro lugar, que a soberania de Deus é livre; em segundo lugar, que Deus, e não Josué, é quem controla a ação que se seguia, e, em terceiro lugar, que Josué era o servo do mesmo Deus que apareceu a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:5).
5:14 – NÃO – O príncipe do exército do Senhor encorajou a Josué, mas não
estava sob as ordens de Josué. Deus não estava obrigado nem a destruir todos os cananeus e nem a libertar todos os israelitas; conforme é poderosamente ilustrado nos episódios seguintes, nas experiências de Raabe (6:25) e de Acã (capítulo 7). Ver nota em 6:17-18.
PRÍNCIPE DO EXÉRCITO DO SENHOR – O “príncipe, segundo parece, é um aparecimento do pré-encarnado Filho de Deus (1:5, nota: Gênesis 16:7). O Guerreiro divino e seu exército estavam preparados para a guerra.
5:15 – DESCALÇA AS SANDÁLIAS – Essa ordem assemelha-se à de Êxodo 3:5;
estabelecendo uma continuidade entre o que começou com Moisés e o que
se seguiu sob Josué. Josué foi o sucessor de Moisés. A “santidade” é, fundamentalmente, uma qualidade de Deus. Pessoas (3:5, nota) ou coisas são descritas como santas quando pertencem a Deus de alguma maneira especial.
CAPÍTULO 6
6:1-27 – Os elementos essenciais de uma compreensão teológica da conquista
são indicados neste relato sobre Jericó, a primeira cidade a ser destruída. A destruição dos cananeus, não menos do que a travessia do rio Jordão, foi uma poderosa obra de Deus em Sua fidelidade à aliança (note o papel da arca da Aliança nos capítulos 6; 3-4, e ver notas em 3:3,11, 14, 17; 4:16).
O temível julgamento que estava operando para cumprir a prometida libertação de seu povo é um importante tema bíblico(por exemplo: Êxodo 14:13-14; Apocalipse 19:1-2). Além disso, que a graça de Deus não se restringe a Israel (Gênesis 12:3) é evidenciado pela experiência de Raabe e sua família (versículo 25). Deus não era simplesmente anti-cananeu (ver nota em 5:14).
6:1 – JERICÓ – Essa cidade tinha um nome que, provavelmente, signifique
“CIDADE LUA”, um centro de adoração (Gênesis 11:27 – 25:11, nota).
6:2 – O SENHOR – Embora alguns entendam que “SENHOR” refira-se ao
“príncipe do exército do Senhor” (5:13-15), é mais provável que estes versí-
culos sejam um episódio separado que introduzem a história da conquista.
OLHA, ENTREGUEI NA TUA MÃO JERICÓ – Um notável paradoxo, visto que tudo quanto tinha sido “visto”, de acordo com o versículo 1, eram os portões fechados de Jericó. A promessa de Deus criou possibilidades não inerentes na presente situação. Um contraste semelhante entre as presentes circunstâncias e o
Que Deus prometeu encontra-se com freqüência na Bíblia, tal como na atual experiência dos crentes (Gênesis 15:2-5; Isaías 65:17; Romanos 8:18).
6: 4 – SETE – Ver nota em Gênesis 4:16.
NO SÉTIMO DIA – Esse número sugere um paralelo na obra da criação.
Tal como a obra da criação atingiu o alvo no sétimo dia (Gênesis 2:1-3), assim também a obra de redenção da escravidão do Egito atingiu o seu alvo com a posse da Terra Prometida. O descanso sabático está relacionado tanto à criação como à redenção (Êxodo 20:8:11; Deuteronômio 5:12-15; Josué 1:13, nota). Em Hebreus 3:7 – 4:11, a palavra “descansou” refere-se ao alvo final do povo de Deus.
6:5 – CADA QUAL EM FRENTE DE SI – O colapso das muralhas de Jericó per-
mitiria o acesso por todas as direções.
6:6 – LEVAI A ARCA DA ALIANÇA – Ver nota em 3:3. O cortejo, com a arca no seu centro, aplicava as promessas da aliança de Deus, simbolicamente, a Jericó. Para Jericó, as promessas da aliança significavam julgamento. O paralelo entre o papel da arca na travessia do Jordão (capítulos 3-4) e na conquista de Canaã é ilustrado por Êxodo 15:1-18, em que a travessia do mar Vermelho e a conquista são descritas em termos semelhantes. Todos esses eventos são atos poderosos de Deus, de acordo com a sua aliança, direcionada ao alvo de conduzir o Seu povo ao DESCANSO PROMETIDO.
6:8 – DIANTE DO SENHOR – Tal como se lê em 3:11 (nota), a presença da arca
é identificada com a presença do próprio Senhor. Ver nota em 1:5.
6:11 – A ARCA DO SENHOR RODEOU A CIDADE – O cortejo inteiro pode ser
resumido referindo-se apenas à arca. NO ARRAIAL – Em Gilgal (5:10).
6:15-19 – A descrição do que aconteceu no sétimo dia foi expandida com um rela-
to sobre o discurso de Josué. Em harmonia com o estilo da narrativa,
observado anteriormente (1:11; 2:6 e notas), as palavras dos versículos 17-19 podem ter sido proferidas antes, mas foram registradas aqui para surtirem um efeito dramático.
6:17 – CONDENADA – Essa mesma palavra pode ser traduzida por “totalmente
destruída”, em 2:10; ver nota em I Samuel 15:3. BA guerra santa, essa cidade foi reservada para Deus. A conseqüência é vista no versículo 21, a terrível realidade do julgamento divino contra Jericó, como também por todo o resto da
terra de Canaã (11:11-12,14,20; Levítico 27:28-29; Deuteronômio 13:16; 20:10-18). SOMENTE VIVERÁ RAABE…E TODOS QUE ESTIVEREM COM ELA
O juízo divino não exclui a graça. A misericórdia que ela buscou em 2:12 lhe seria conferida.
6:18 – CONDENADAS – A mesma palavra hebraica ocorre aqui por três vezes,
advertindo os israelitas a não caírem no mesmo julgamento que vitimou os cananeus. O capítulo seguinte mostra a necessidade dessa advertência.
6:19 – CONSAGRADOS – Ou “santificados”. Ver nota textual e nota em 5:15.
6:20-21 – A queda de Jericó foi descrita da maneira breve. Outros detalhes podem
ser deduzidos dos versículos 24; 8:2; 10:1; 24;11.
6:23 – FORA DO ARRAIAL – Esta expressão pode descrever um estado tempo-
rário (versículo 25), devido à imundícia cerimonial (por exemplo Levítico
13:46).
6:24 – CASA DO SENHOR – Ver nota em 9:23.
6:25 – HABITOU NO MEIO DE ISRAEL – Raabe acabou sendo incluída no povo
de Deus. Ver Mateus 1:5; Hebreus 11:31; Tiago 2:25.
ATÉ O DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9.
6:26 – MALDITO…O HOMEM QUE SE LEVANTAR E REEDIFICAR – Jericó iria
permanecer debaixo da maldição de Deus, presumivelmente como sinal do
julgamento divino que havia caído sobre os cananeus e que poderia sobrevir a Israel. Ver I Reis 16:34.
6:27 – ERA O SENHOR COM JOSUÉ – Ver nota em 4:14.
CAPÍTULO 7
7:1-26 – Se Raabe, a cananéia que encontrou misericórdia, é uma história da
graça de Deus em meio ao seu julgamento (6:25), a história de Acã é
uma história de santidade de Deus, da qual ninguém deve abusar (24:19;
Números 17:11-12; Hebreus 10:30-31). Este sétimo capítulo de Josué relata o primeiro caso de desobediência na Terra Prometida, um episódio funesto à luz da história que se segue (II Reis 17:7-20) e uma ocasião que nos faz relembrar o terceiro capítulo de Gênesis (versículo 21, nota). O incidente e a sua lição para
Israel são relembrados em 22:18-20.
7:1 – OS FILHOS DE ISRAEL – Embora o delito tivesse sido cometido por um só homem, todo o povo de Israel foi envolvido e afetado (ver o versículo 11; 22:18). Os fatos declarados no versículo 1 só gradualmente vieram a tornar-se conhecidos dos israelitas. COISAS CONDENADAS – Ver 6:18; nota em 6:17.
A IRA DO SENHOR – A ira do Senhor é a sua hostilidade justa e pessoal contra o mal. Diferente das antigas idéias pagãs da ira divina, na Bíblia a ira de Deus nunca é arbitrária ou caprichosa. Ela faz parte da mensagem tanto do Novo Testamento quanto do Antigo Testamento (Mateus 3:7; João 3:36; Romanos 1:18; Colossenses 3:6; I Tessalonicenses 1:10; Hebreus 10:26-31; Apocalipse 6:16).
7: 2-5 – Em contraste com as histórias sobre os espias (capítulo 2) e sobre a con-
quista de Jericó (capítulo 6), Israel agora estava sob a ira de Deus, e o resultado seria diferente
7:2 – DE JERICÓ…A AI – . O movimento foi para oeste e para o centro da região
montanhosa. BETE-ÁVEN – Este nome significa “casa do nada”, ou “casa da iniqüidade”. O nome pode ter sido usado zombeteiramente contra Betel (conforme se vê em Oséias 4:15; 10:5.
7:3 – NÃO SUBA TODO O POVO – Ver o contraste com o relatório trazido pelos
espias em 2:24.
7:5 – TRINTA E SEIS – O número dos mortos não foi grande. O temor e o desâ-
nimo dos israelitas eram devidos à ira do Senhor do que à escala humana
da derrota. O CORAÇÃO DO POVO SE DERRETEU – A desobediência em
Israel representou um grande retrocesso. Agora, os israelitas encontram-se
na situação dos cananeus, conforme se vê em 2:11; 5:1.
7:6 – RASGOU SUAS VESTES…DEITARAM PÓ SOBRE A CABEÇA – Essas
eram expressões convencionais de tristeza (Jó 1:20; 2:12). A causa da tris-
teza foi o aparente fracasso das promessas da aliança, cujo símbolo era a
arca. Ver notas em 3:3,17; 4:16. A oração de Josué (versículos 7-9) apelaria
para aquelas promessas. Ver nota em 10:5.
7: 7-9 – Josué orou em favor de Israel, tal como Moisés tinha feito em circunstân-
cias parecidas (conforme Números 14:13-19).
7:7 – POR QUE – Essa pergunta veio dos lábios daqueles que descobriram que
sua experiência contrastava com sua compreensão das promessas de Deus.
Pode ser que essa pergunta expressasse uma atitude rebelde (como se vê em Números 14:3), mas também pode exprimir uma verdadeira fé perplexa diante das circunstâncias (conforme Salmo 22:1). AMORREUS – ver nota em 2:10).
7:9 – OUVINDO ISTO – Ver nota em 9:3. O NOSSWO NOME – A promessa feita
a Abraão incluía um “grande nome” (Gênesis 12:2). A oração de Josué estava baseada nas promessas de Deus. TÃO GRANDE NOME – A reputação de
Deus estava em jogo (Êxodo 32:12; Números 13:13-16; Ezequiel 36: 16-23).
7:11 – ISRAEL – A unidade corporativa de Israel foi salientada por todo capítulo.
O pecado de um homem (versículo 15) trouxe culpa a toda comunidade da
qual ele fazia parte (22:18). VIOLARAM A MINHA ALIANÇA – Temos aqui outra
indicação da natureza do pecado. O conceito da aliança de Deus inclui a fidelidade às suas promessas, bem como as conseqüentes obrigações do povo de Israel, que havia recebido as promessas. Ver nota em 3:3. Tratava-se da aliança de Deus porque Ele mesmo havia imposto as suas condições. COISAS CONDENADAS- Ver 6:18; nota em 6:17.
7:12 – SE FIZERA CONDENADA – A causa da derrota de Israel m Ai não fora
uma falha nas promessas de Deus(7:6, nota), mas sim, a desobediência.
JÁ NÃO SEREI CONVOSCO – O terrível retrocesso de 1:5 leva a primeira
metade do capítulo 7 a um climax, e a segunda metade trará as palavras “se não eliminardes do vosso meio as coisas condenadas”.
7:13 – SANTIFICA – Ver nota em 3:5. Em contraste com o capítulo 3, esta é uma
preparação para os israelitas serem julgados por Deus.
7:14 – QUE O SENHOR DESIGNAR – O procedimento pode ter sido através do
Umim e do TUMIM (Êxodo 28:30, nota).
7:15 – LOUCURA EM ISRAEL – O ato de Acã foi uma ação contrária à natureza
de Israel como o povo em relação de aliança com Deus e, portanto e, portanto, um ato de loucura. Em outros lugares, essa expressão é usada para indicar perversões sexuais, proibidas em Israel (Gênesis 34:7; ver também Deute-
ronômio 22:21; Juízes 20: 6,10; II Samuel 13:12; Jeremias 29:23).
7:20 – PEQUEI – Ver nota no versículo 11.
7:21 – VI…COBICEI-OS E TOMEI-OS – Pode haver aqui uma alusão a Gênesis
3:6; em que esses três verbos ocorrem na mesma orem. O padrão do jardim do Éden foi repetido na Terra Prometida; nem bem o dom de Deus havia sido dado e os recebedores já desejaram aquilo que fora proibido e tomaram do mesmo.
7:23 – PERANTE O SENHOR – Isto é, presumivelmente, diante da arca. Ver nota
em 6:8.
7:24 – TUDO QUANTO TINHA – A misericórdia de Deus para com Raabe esten-
deu-se à sua família (6:23) e a punição de Acã atingiu a família dele.
7:26 – APAGOU O FUROR DA SUA IRA – A IRA DE Deus, sendo justa, cessa
quando o pecado é resolvido. Isso é fundamental para o ensino do Novo
Testamento de que a morte de Cristo é um sacrifício expiatório ou propiciatório
(Romanos 3:25-26).
CAPÍTULO 8
8:1 – NÃO TEMAS – Esse chamamento _a fé (1:9; 1:6, nota) estava baseado nas
promessas de Deus, apesar das circunstâncias visíveis. Trata-se de uma
expressão comum do favor de Deus (Gênesis 15:1). Confirma que a ira do Senhor
para com Israel havia cessado. TODA A GENTE DE GUERRA – Comparar com 7:3. ENTREGUEI. A promessa de 1:2-3 (notas) foi aplicada a AI.
8:2 – COMO FIZESTE A JERICÓ – Ver 6:21, nota em 6:17 – SAQUEAREIS SEUS DESPOJOS. – Tal como houve uma exceção a destruição total de Jericó (6:17), da mesma forma Deus faz outra exceção na exigência da destruição total.
8:3 – TRINTA MIL – Ver nota em 4:13.
8:5 – COMO DANTES – Ver 7:5
8:12 – CINCO MIL – O número que difere dos “trinta mil”, no versículo 3, pode
indicar que havia duas unidades atribuídas a diferentes aspectos da em-
boscada.
8:14 – CAMPINAS – O vale do rio Jordão.
8:15 – DESERTO – Terras não cultiváveis a leste de Ai e não o deserto do outro
lado do vale do Jordão (versículo 24).
8:17 – NEM EM BETEL – A súbita inclusão de Betel não foi explicada, mas ver em
12:9,16.
8:18 – A LANÇA – Conforme a ação de Moisés em Êxodo 14:16; 17:9.
8:28-29 – ATÉ O DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9.
8:29 – ENFORCOU-O – Esse ao foi um sinal da maldição divina (21:22-23;
conforme Gálatas 3:13).
8:30-35 – A primeira frase da narrativa sobre a conquista (6:1-8:35) é concluída
com a assembléia do povo no monte Ebal e no monte Gerizim para ouvir
a promessa de bênção de Deus e Sua advertência quanto à maldição.
Essa assembléia foi ordenada por Moisés (Deuteronômio 11:29; 27:1-13); ela mostra que a vida de Israel, incluindo a entrada na Terra Prometida, foi estabelecida pela aliança e devia ser vivida segundo as palavras de Deus (versículo 34).
8:30 – MONTE EBAL – Imediatamente ao norte de Siquém, onde Abraão ouviu a
promessa de Deus de que daria a Terra Prometida aos seus descendentes e onde ele edificou um altar a Deus (Gênesis 12:6-7). O altar edificado por Josué, naquele mesmo local, muitos anos mais tarde, apresentou a repetição e a renovação das promessas da aliança entre Deus e Israel.
8:31 – MOISÉS, SERVO DO SENHOR – Ver nota em 1:1. No Livro da Lei de
Moisés – ver nota em 1:8. Aqui a referência é a Deuteronômio 27:5 (conforme Êxodo 20:25. PEDRAS TOSCAS – Eram usadas para mostrar que o
Altar pertencia ao Senhor (Êxodo 20:25, nota). HOLOCAUSTOS – As oferendas eram essenciais para o estabelecimento da aliança com Deus. Ver Gênesis 15:9-10; Êxodo 20:24.
8:32 – LEI DE MOISÉS…DIANTE DOS FILHOS DE ISRAEL – A Palavra de Deus
foi exibida diante do povo de Israel. PEDRAS – Essas poderiam se as pedras do altar, mas Deuteronômio indica que pedras especiais podiam ser erguidas como superfícies para escrita.
8:33 – DA ARCA – No centro da assembléia de Israel estava a arca, o símbolo da
aliança que fazia deles o povo de Deus, de acordo com o qual eles tinham
recebido a sua terra (3:3; 6:4; 7:6 e notas). ABENÇOADO O POVO DE ISRAEL –
Embora bênçãos e maldições surgirão (versículo 34), as bênçãos sempre terão prioridade no propósito de Deus. Em Gênesis 12:1-3, as bênçãos resumem o bem que Deus prometera a Abraão (14:13; 22:6).
8>34 – A BÊNÇÃO E A MALDIÇÃO – Ambos os aspectos da aliança de Deus já
tinham sido experimentados na Terra Prometida; a bênção no capítulo 6 e
em 8:1-29; e a maldição, no capítulo 7. Ver Deuteronômio 27-28.
8:35 – CONGREGAÇÃO – Essa reunião do povo de Deus para ouvir essa palavra
continuou nos tempos da igreja do Novo Testamento (conforme Deuteronômio 9:10).
CAPÍTULO 9
9:1-2 – Estes dois versículos formam o pano de fundo dos capítulos 9-16.
O temor dos israelitas, que tinham imobilizado os cananeus em 5:1, aqui
os une contra Josué e contra Israel. Há uma antecipação do Salmo 2:1-3, a oposição a Deus e ao Seu julgamento que culminou na crucificação de Jesus, vide Atos 4:25-27). A impotência dos governantes, no Salmo 2, é amplamente ilustrada pela lista dos reis derrotados em Josué 12. HETEUS…JEBUSEUS – Ver
nota em 3:10.
9:3 – GIBEÃO – A ação do povo de Gibeão (a cerca de 13 km ao norte de Canaã (versículos 1 e 2). OUVINDO – O efeito das novas da poderosa fidelidade de Deus às suas promessas é um tema importante na narrativa da conquista (2:10-11; 5:1;
9:1,9; 10:1; 11:1; conforme 7:9). Para os cananeus, essas notícias eram terríveis,
pois significavam que o Deus dos céus e da terra (2:11) haveria de destruí-los,
(5:13 – 12:24, notas).
9:4 – USARAM DE ESTRATAGEMA – Esse logro atrairia uma maldição sobre os
gibeonitas (versículo 23) e forma um contraste com a ação de Raabe para
com os representantes de Israel, no capítulo 2.
9:6 – CHEGAMOS DE UMA TERRA DISTANTE – Os gibeonitas fingiram que eles
viviam fora da zona potencial de interesse de Israel. Os israelitas estavam dispostos a fazer um tratado com eles tendo em vista as disposições de Deuteronômio 20:10-18. ALIANÇA – Uma aliança é um estabelecimento de um relacionamento por intermédio de um tratado. Essa aliança forçaria os filhos de Israel a pouparem os gibeonitas.
9:10 – TUDO QUANTO FEZ – As novas que os gibeonitas tinham ouvido são as
mesmas que foram confessadas por Raabe (2:10, nota). A reação deles,
porém, foi bastante diferente da reação dela.
AMORREUS – Ver nota em 2:10.
9:14 – NÃO PEDIRAM CONSELHO AO SENHOR – Como eles deveriam ter bus-
cado conselho não é especificado, mas tal como em Josué 5:6, a falta de
Israel foi de não obedecer a Deus.
9: 15 – CONCEDEU-LHES PAZ – O sentido é explicado pela frase seguinte:
“de lhes conservara vida”.
9:16-17 – TRÊS DIAS…AO TERCEIRO DIA – Se o versículo 16 antecipa os resul-
dos do versículo 17, então os três dias em cada versículo podem ser os
mesmos. De Gilgal a Gibeão são cerca de 31 Km.
9:18 – MURMUROU – Murmurar (contra Moisés, Arão e, em última análise, contra
o Senhor) foi uma atividade comum de Israel no deserto (Êxodo 15:24;
16:2, 7-9; Números 14:2,27, 36).
9:20 – IRA – Ver 7:11, nota. Contraste este juramento, guardado com todo
escrúpulo embora baseado numa mentira dos gibeonitas, e a aliança do
capítulo 7:11, baseado no mandamento do Senhor, que foi quebrado.
9:21 – RACHADORES DE LENHA E TIRADORES DE ÁGUA – Ou seja, escravos
domésticos.
9:23 – CASA – O tabernáculo é chamado de casa em I Samuel 1:17. Nos tempos
de Salomão ficava em Gibeão (II Crônicas 1:3,5).
MEU DEUS – O perigo representado pelos cananeus restantes na Terra Prometida era que eles fizessem Israel abandonar ao Senhor para servirem a outros deuses (Deuteronômio 7:4). A implicação dessa maldição é que os gibeonitas serviram na casa do Deus de Israel, sem serem contados como membros do seu povo. Os rituais e sacrifícios do tabernáculo requeriam suprimentos de madeira e água.
9:24 – TEMEMOS – Ver nota em 2:9.
9:27 – ATÉ AO DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9. NO LUGAR QUE DEUS ESCO-
LHESSE – Ver Deuteronômio 12; conforme Êxodo 20:24.
CAPÍTULO 10
10: 1-43 – A hostilidade antecipada em 9:1-2 começa a emergir. No capítulo 10, as
nações hostis ao sul foram derrotadas por uma notável intervenção divina. O estratagema dos cinco reis (versículo 4) e sua destruição (versículo 26, 40-42) é como a descrição do Salmo 2 (9:1-2, nota) e demonstra o grande poder de Deus em cumprir as Suas promessas.Esse é o tipo de batalha descrita em Deuteronômio 20, que realmente não foi combatida por Israel, mas por Deus (versículo 14); Deuteronômio 20:4).
10:1 – ADONI-ZEDEQUE – Esse nome significa “meu Senhor é justo”.
Conforme o nome de Melquisedeque, o qual era o rei de Salém (ou Jerusalém). Ver Gênesis 14:18, nota. JERUSALÉM – Essa é a primeira vez em que essa forma do nome dessa cidade ocorre na Bíblia, em Gênesis 14:18 ela aparece com o nome de “Salém”. DESTRUÍDO TOTALMENTE – Ver notas em
6:17-18. PAZ – ver 9:15.
10:2 – TEMEU – Ver nota em 2:9. ERA CIDADE GRANDE COMO UMA DAS
CIDADES REAIS. Gibeão não tinha rei (9:11), mas era tão importante como
as cidades-estados dos cananeus que tinham reis.
10:3 – HORÃO…DEBIR – Esses eram os reis das cinco cidades cananéias do sul.
10:5 – AMORREUS – Ver nota em 2:10.
10:6 – LIVBRA-NOS, E AJUDA-NOS. O relacionamento de tratado entre Gibeão e
Israel (9:15) permitiu que Gibeão apelasse para Israel, buscando ajuda,
sendo o mais forte de seus parceiros com quem tinham algum tratado.
Esse aspecto de uma aliança humana ilustra a aliança entre Deus e Israel.
10:8 – NÃO OS TEMAS…OS ENTREGUEI: As ações específicas neste capítulo
aconteceram por causa das promessas de Deus introduzidas no capítulo 1
Ver 1:2-3, 5-9; 8:1 e notas.
10:9 – TODA A NOITE – Gilgal ficava no fundo do vale do rio Jordão e Gibeão
estava no alto de uma montanha, a 32 quilômetros para o oeste.
10:10 – OS CONTURBOU – Essa mesma expressão é, com freqüência, usada
nas descrições de batalhas onde o Senhor é o guerreiro divino (2:9, nota; Êxodo 14:24; 23:27; Juízes 4:15; I Samuel 22:15; conforme Jeremias 51:34.
10:11 – MAIS FORAM OS QUE MORRERAM PELA CHUVA DE PEDRA – Isso
enfatiza que a vitória foi uma dádiva dada por Deus a Israel.
Experiências como essas iluminam o uso de fenômenos metereológicos nas
descrições poéticas dos juízos divinos (Salmo 18:7-16; Isaías 30:30).
10:12 – NO DIA – Esse relato pode ser um retrospecto; a ordem cronológica dos
eventos é difícil de discernir. SOL…LUA – Essas palavras retóricas dirigem-se ao sol e à lua, mas, na realidade são como uma oração dirigida ao
Senhor.
10:13 – O SOL SE DETEVE – Essas palavras descrevem o que aconteceu na
linguagem diária, que não explica a natureza do milagre. No LIVRO DOS JUSTOS – pode estender-se até o fim do versículo 15. Os escritores bíblicos com
freqüência usaram fontes escritas (Lucas 1:1-4).
10:14 – O SENHOR PELEJAVA POR ISRAEL – Ver Deuteronômio 20, especial-
mente o versículo 4, conforme Êxodo 14:14.
10: 16-27 – A narrativa volta aos acontecimentos do versículo 10 para terminar a
história dos cinco reis, introduzidos no versículo 5.
10:19 – O SENHOR…VO-LOS ENTREGOU – A ação de Deus em termos de Sua promessa, continua dominando a narrativa. Ver os versículos 8, 10, 14.
10:21- NÃO HAVENDO NINGUÉM QUE MOVESSE A LÍNGUA – Ninguém dizia
uma só palavra e muito menos movia uma arma. Nada podia levantar-se
contra o exército de Deus.
10:24 – PÉS SOBRE OS PESCOÇOS – Temos aqui um ritual vívido que simboli-
zava a vitória. Os inimigos derrotados, com freqüência são declarados
“sob os pés” do vitorioso (I Reis 5:3; Salmo 110:1; I Coríntios 15:25) e os escabelos reais do Egito retratavam os pés de Faraó sobre os pescoços de seus inimigos.
10:25 – OS PENDUROU EM CINCO MADEIROS – Ver nota em 8:29.
10:27 – ATÉ AO DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9.
10:28-39 – Esses versículos apresentam uma narrativa sumária das vitórias sobre
cidades do Sul da terra de Canaã. O relato destaca a completa destruição das cidades, em consonância com o julgamento divino (versículos 28-29; 6:17-18 e notas). Outra ênfase é a unidade de Israel (1:12-15), sob a liderança
de Josué. (1:1-9).
CAPÍTULO 11
11: 1-23 – A narrativa sobre a conquista da região Norte da Palestina é semelhan-
te em suas ênfases com o relato das vitórias obtidas no Sul, no capítulo
10 (10:1 – 43, nota), e leva à conclusão o registro do livro sobre a conquista do
território por parte de Israel.
11: 1-5 – Conforme a reação dos reis cananeus em 10:1-5.
11:1 – JABIM, REI DE HAZOR – Hazor era uma cidade importante no Norte da
Palestina (versículo 10); Jobim talvez fosse um título herdado (Juízes 4:2).
OUVIDO – Ver nota em 9:3.
11:2 – QUINERATE – Provavelmente, perto do mar da Galiléia (12:3).
NAS PLANÍCIES – No vale do rio Jordão. DOR – Na cosa do mar
Mediterrâneo.
11:4 – MUITO POVO – A mesma ameaça suscitada pelos cananeus é vividamen-
te apresentada como sendo o pano de fundo para a promessa que aparece
no versículo
11:6 – NÃO TEMAS – A promessa de Deus (1:2-3; 9), contra o pano de fundo, dos
versículos 4-5, novamente cria uma possibilidade não inerente à situação. Ver notas em 6:2; 8:1; 10:8. JÁ OS TERÁS TRASPASSADO – O fraseado, no hebraico é enfático à situação. Ver notas em 6:2; 8:1; 10:8.
JÁ OS TERÁS TRASPASSADO – O fraseado, no hebraico é enfático e é idêntico a “eu dou”, em 1:2. OS SEUSCAVALOS JARRETERÁS, E QUEIMARÁS OS SEUS CARROS. Esta é uma promessa de Deus que prevaleceria sobre os armamentos mais avançados da época (Salmo 20:7).
11:11 – TOTALMENTE OS DESTRUÍRAM – A mesma expressão ocorre nos ver-
sículos 12:20-21. Ver nota em 6:17.
11:12 – COMO ORDENARA MOISÉS, SERVO do SENHOR – O sucesso da
conquista foi enfaticamente retratado em termos de obediência aos man-
damentos de Deus, dados através de Moisés (1:1-18; 1:3; 5:15 e notas).
O escritor sagrado fez a mais próxima conexão possível entre as promessas de Deus (versículo 6, nota) e os seus mandamentos. A fé e a obediência não podem andar separadas. Ver nota e, 1:7
11:16 – TODA AQUELA TERRA – Em princípio, toda aquela terra agora pertencia
aos israelitas, embora ainda “muitíssima terra ficou para se possuir”
(13:11).
11:18 – POR MUITO TEMPO – Isso serve de indicação de que os capítulos
anteriores apresentaram uma narrativa grandemente condensada.
11:19 – FIZESSE PAZ – Ver 9:6,15.
11:20 – DO SENHOR VINHA O ENDURECIMENTO – A relação entre a soberania
divina e a responsabilidade humana é vista no endurecimento divino dos
corações, para chegar aos seus propósitos. Os atos soberanos de Deus não anulam a Sua justiça e nem a responsabilidade humana (Êxodo 10:1-2; Romanos 9:14-29).
11:21-22 – ANAQUINS – Esse povo eram os temíveis habitantes da terra de
Canaã, que atemorizavam os israelitas e os tinham levado à desobe-
diência a Deus, uma geração anterior (Números 13: 26-33; Deuteronômio 1:28; 2:10-12, notas; Josué 14:12; 15:14). A destruição deles concluiu a narrativa da conquista obediente sob Josué.
11:23 – HERANÇA…CONFORME AS SUAS DIVISÕES E TRIBOS – Temos aqui
um sumário antecipado dos capítulos 13-21. Ver nota em 1:6.
A TERRA REPOUSOU DA GUERRA – Essas palavras relatam de forma resumida
A conquista e o cumprimento da promessa de Deus, dada em 1:2-5. Ver notas em
1:13; 21:45.
CAPÍTULO 12
12:1-24 – Este capítulo resume toda a conquista da Terra Prometida sob Moisés e
Josué, com uma lista dos reis derrotados e seus territórios. Trata-se de uma elaboração de 11:17, uma notável resposta para o problema de 9:1-2 (nota) e um testemunho à veracidade da promessa que há em 1:5, provendo uma conclusão apropriada à narrativa inteira da conquista.
12:1 – TERRAS – Note que o território a leste do rio Jordão está claramente
incluído no território que Deus dera a Israel (versículo 7). Ver notas em 1:12-15; 13:8-33. O RIBEIRO DE ARNOM – Esse rio corre para o mar Morto, portanto do leste, e assinala a fronteira sul ali. MONTE HERMOM – A nordeste do mar da Galiléia.
12: 2-5 – Ver Números 21:21-35; Deuteronômio 2:24 -3:11. A derrota de Seom e
Ogue assinalou o início da conquista e é relembrada como um testemunho do poder e da fidelidade de Deus (por exemplo Deuteronômio 29:7-8; 31:4; Josué 2:14; 9:10; Neemias 9:22; Salmos 135:11; 135:19-20).
12:6 – MOISÉS, SERVO DO SENHOR – Ver nota em 1:1.
12:7-24 – Este relato resumido da conquista sob as ordens de Josué é semelhante
à narrativa dada até este ponto, mas com acréscimos, indicando a
natureza incompleta e representativa da narrativa anterior.
CAPÍTULO 13
13:1 – 21:45 – A terceira seção principal do livro detalha a divisão da Terá
Prometida entre as tribos. A significação desses capítulos torna-se explícita em 21:43-45. As listas de fronteiras e cidades representam o conteúdo objetivo das promessas de Deus. Embora muitos dos lugares não sejam mais conhecidos, e embora a partilha das terras aqui não signifique em todos os casos que a tribo designada realmente ocupasse as mesmas (23:13), não obstante podemos ver nesta passagem um testemunho esmerado da fidelidade do SENHOR.
13:1 – ERA JOSUÉ, PORÉM, JÁ IDOSO – O que fica implícito é que novas conquistas não teriam lugar sob as suas ordens. MUITÍSSIMA TERRA FICOU.-
O Livro de Josué fala tanto do cumprimento completo das promessas de Deus (11:23; 21:45), como da natureza incompleta de possessão da Terra Prometida
(por exemplo 13:1; 23:4-5). Conforme a perspectiva do Novo Testamento da natureza completa daquilo que nos foi dado em Cristo e a futura expectativa do que ainda resta (por exemplo Efésios 1:3,14;). Enquanto o Livro de Josué testifica a Israel acerca da experiência da completa fidelidade do Senhor, a promessa permanecia apontando para o futuro. Ver notas em 1:4; 21:45; Gênesis 13:15.
13:3 – QUE SE CONSIDERA COMO DOS CANANEUS – Estritamente falando, os filisteus não eram cananeus, mas o território deles ficava na terra de Canaã e estava incluído nas promessas divinas feitas a Israel.
13:4 – AMORREUS – Ver nota em 2:10.
13:6 – REPARTE – Ver 14:2, 15:1, nota; 18:6; 19:51. HERANÇA – Ver nota em
1:6.
13:7 – MANASSÉS – O filho mais velho dos dois filhos de José (ver Gênesis 48 e
notas.
13:8 – 33 – Assim como o resumo da conquista, no capítulo 12, começou com os reis e os seus territórios a leste do rio Jordão (12:1-6); conforme 1:12-15), assim também o relato da distribuição das terras começa com a divisão deste território às tribos de Ruben (versículos 15-23), Gade (versículos24-28) e à meia tribo de Manassés (versículos 29-31), nos dias de Moisés. Sendo assim, o que Josué fez é considerado a conclusão daquilo que Moisés tinha começado.
E assim foi afirmada a unidade de Israel, apesar da fronteira geográfica do rio Jordão (22:25) e do lapso de tempo entre a obra de Moisés e a obra de Josué. Ver o capítulo 22.
13:8 – RUBENITAS – Rúben era o filho mais velho de Jacó, nascido de Lia (Gênesis 29-32; 35:22; 49:3-4, notas). GADITAS – Gade era o sétimo filho de Jacó, seu primeiro filho com Zilpa (Gênesis 30:9-11; 49:19, nota).
13:13 – NÃO DESAPOSSARAM – A significação desse fracasso dos israelitas tor-
nar-se-á mais clara no Livro de Juízes (Juízes 1:27-36; 2:20-3:6).
ATÉ O DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9.
13:14 – TRIBO DE LEVI – Levi foi o terceiro filho de Jacó, que Lia lhe deu
(Gênesis 29:34; 34:25; 49:5 e notas). O fato de Levi não ter recebido qualquer partilha de terras, nem de Moisés e nem de Josué, é explicado aqui e no versículo 33 (também 14:3,4; 18:7). Ver Deuteronômio 18:1-8. As doze tribos de Israel são contadas de diversas maneiras, no Antigo Testamento.
Quanto à divisão em doze territórios, os descendentes de José foram contados Omo duas tribos; Efraim e Manasses (14:4; Gênesis 48:5).
13:22 – BALAÃO, FILHO DE BEOR – Ver Números 31:5. Balaão estava associado ao “incidente de Peor” (Números 31:18), referido em Josué 22:17). A má influência de Balaão foi relembrada por longo tempo (II Pedro 2:15; Apocalipse 2:14).
ADVINHO – Um advinho tenta chegar ao conhecimento das coisas por meios mágicos ou ocultos. Essa era uma prática comum entre os pagãos, mas proibida em Israel (Levítico 19:26; Deuteronômio 18:9-14; I Samuel 15:23; II Reis 17:17; 21:6; Isaías 2:6; Ezequiel 13:23).
13:33 – TRIBO DE LEVI – Ver nota no versículo 14.
CAPÍTULO 14
14: 1-5 – Isso introduz os territórios a oeste do rio Jordão e relaciona os mesmos
aos territórios no leste, explicando novamente a exceção dos levitas.
O efeito era o de manter a atenção do leitor sobre a unidade essencial de todo o
Povo de Israel. Ver nota em 13: 8-33.
14:1 – HERANÇAS – Ver nota em 1:6. CANAÃ – Aqui se refere Às terras a oeste
do rio Jordão. ELEAZAR, O SACERDOTE – Eleazar era filho de Arão, o
sumo sacerdote (Êxodo 6:23). Ele foi mencionado aqui antes de Josué, provavelmente por causa do papel do sacerdote, que era o de lançar sortes, ver
(Êxodo 28:30; I Samuel 2:28).
14:2 – POR SORTE – Ver nota em 15:1
14: 3-4 – AOS LEVITAS…MANASSÉS E EFRAIM – Ver nota em13:14.
14: 6-15 – A história da herança conferida a Calebe abre a narrativa da divisão da
terra sob as ordens de Josué, enquanto que a herança de Josué aparece no fim (19:49-50). Essa estrutura ilustra os princípios da fidelidade dos homens a Deus que correspondem à fidelidade de Deus às Suas promessas.
A história de Calebe termina em 15:13-19.
14:6 – GILGAL – É provável que essa seja a mesma Gilgal de Josué 10:43, a leste
de Jericó. CALEBE – Ele representa Judá entre os doze espias enviados por Moisés de Cades Barnéia para espiarem a Terra Prometida. (Números 13:6).
Calebe e Josué representaram a tribo de Efraim na mesma missão (Números 13:8) e foram os dois únicos espias que creram na promessa de Deus (Números 13:30; 14:6-9, 24; 30:38; Deuteronômio 1:36).
14:7 – COMO SENTIA NO CORAÇÃO – O relatório de Calebe tinha expressado
sua confiança na promessa de Deus. Ver números 14:6-9.
14:8 – PERSEVEREI EM SEGUIR O SENHOR – A fé que Calebe tinha é exem-
plar.
14:9 – MOISÉS…JUROU – Esse juramento não ficou registrado em Números 14 e
nem em Deuteronômio 1.
14:12 – ANAQUIAS – Ver nota em 11:21-22. PARA OS DESAPOSSAR – A fé na
promessa de Deus não é expressa através da passividade humana, mas mediante uma obediência ativa. Ver notas em 1:6,7; 17:15.
14:14 – A FÉ AO DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9.
14:15 – A TERRA REPOUSOU DA GUERRA – Ver nota em 11:23.
CAPÍTULO 15
–
15:1-63 – O primeiro território a oeste do rio Jordão a ser descrito foi o de Judá,
antecipando a importância dessa tribo na história posterior de Israel
como a tribo de Davi e, finalmente, a tribo do Messias vindouro (Isaías 1:11;
ver também Gênesis 49: 8-12). Os nomes dos lugares não podem ser identificados. Além disso, a alocução nunca foi seguida completa ou exatamente.
A promessa divina nunca foi plenamente concretizada na experiência de Israel no Antigo Testamento. Ver INTRODUÇÃO: CARACTERÍSTICAS E TEMAS.
15:1 – A SORTE – Ver 14:2; 18:6. O método de lançar sortes não é especificado.
O que importa é que as terras não foram decididas por decisão humana
(Provérbios 16:33; 18:18).
15:8 – JERUSALÉM – Jerusalém ficava fora do território de Judá até a cidade
ser, finalmente, capturada por Davi (II Samuel 5:7).
15:14 – FILHOS DE ANAQUE – Ver nota em 11:21-22.
15:17 – OTNIEL – Ver Juízes 3:7-11, quanto ao seu papel posterior de Juiz.
15:20-62 – Estes versículos dão uma lista detalhada de cidades conferidas a Judá.
Embora muitas delas não possam mais ser identificadas, a extensa enumeração é uma clara representação da promessa de Deus (21:45).
15:20 – HERANÇA – Ver nota em 1:6
15:63 – NÃO PUDERAM, POREM, OS FILHOS DE JUDÁ EXPULSAR – Esta
breve nota sobre o fracasso da tribo de Judá é um lembrete de que as
promessas de Deus não estavam ainda completas. Ainda restava um pouco para
o cumprimento dessas promessas (21:45, nota). A vitória sobre os jebuseus, em
Juízes 1:8, parece que não foi uma vitória permanente (conforme Juízes 1:21).
ATÉ AO DIA DE HOJE – Ver nota em 4:9.
CAPÍTULO 16
16:1-17:18 – Esses dois capítulos descrevem a atribuição de terras aos dois filhos
de José, Efraim e Manassés (Gênesis 41:50-52; Josué 13:14, nota). Metade da tribo de Manassés já havia recebido suas terras a leste do rio Jordão (17:1).
16:1 – EM SORTE, CAIU – Ver nota em 15:1.
16:4 – HERANÇA – Ver nota em 1:6. MANASSÉS E EFRAIM – Aqui os dois filhos
de José são mencionados segundo a ordem do seu nascimento (Gênesis
48:12-20).
16:5-10 – Efraim era o filho mais jovem de José (Gênesis 41:52), mas os territórios
a ele pertencentes foram descritos antes dos de Manassés, provável-
mente por causa da precedência que lhe foi dada em Gênesis 48:12-20)
16:10 – NÃO EXPULSARAM – Ver nota em 15:63. ATÉ AO DIA DE HOJE –
Ver nota em 4:9.
CAPÍTULO 17
17:1 – MANASSÉS – Manassés era o mais velho dos dois filhos de José (Gênesis
41:50-51; 48:12-20; Josué 16:5-10, nota).
O PRIMOGÊNITO DE MANASSÉS – Ver Gênesis 50:23
17:3-6 – Era uma disposição da lei de Moisés que as filhas de um homem que não
tivesse filho homem herdariam de seu pai (Neemias 27:1-11, especial-
mente o versículo 8).
17:12-13 – NÃO PUDERAM EXPULSAR – Ver notas em 15:63 e 21:45.
17:14-18 . A petição queixosa do povo de José (versículo 14) e seu temor pelos
cananeus (versículo 16) fazem contraste com a fé e coragem de
Calebe (14:6-12).
17:14 – UMA SORTE APENAS E UM QUINHÃO – O território de Manassés de
ambos os lados do rio Jordão e o de Efraim são tratados como uma unida-
de (6:1).
17:15 – SOBE…E ABRE ALI CLAREIRA NA TERRA – A fé na promessa de Deus
devia ser expressa através de uma ação corajosa e obediente. Ver notas
em 1:6-7; 14:12.
17:16 – NÃO NOS BASTA…OS CANANEUS – O temor deles e sua indisposição
para obedecer foram expressões de incredulidade.
17:18 – EXPULSARÁS – Josué respondeu aos temores do povo de José com
uma aplicação das promessas de Deus (1:2-5).
CAPÍTULO 18
18:1 – REUNIU-SE TODA A CONGREGAÇÃO – Ver 8:35, nota.
SILÓ – Localizada no território de Efraim, a cidade de Siló ainda não havia atingido permanência na história bíblica, mas aqui ela se tornou o que foi chamada em Deuteronômio 12, de “o lugar que o Senhor vosso Deus escolher” (Deuteronô-
mio 12: 5,11,18, conforme Jeremias 7:12). Nos dias de Davi, esse papel foi transferido para Jerusalém. Quanto ao papel de Siló na história de Israel, ver Josué 22:12; Juízes 18:31; 21:19; I Samuel 1:3,24; 2:14; 3:21; 4:3; I Reis 2:27; Salmo 78:60; Jeremias 7:12,14; 26:6,9.
TENDA DA CONGREGAÇÃO – Esse nome é usado para indicar o tabernáculo, no
Livro de Josué, somente aqui e em 19:51 (“tabernáculo” em 22:19,29, “casa”, em 6:24; 9:23). A “congregação”, neste caso, é o encontro de Deus com o Seu povo (1:5, nota). O tabernáculo continha a arca da Aliança, a caixa de madeira e ouro que continha os Dez Mandamentos (3:3; 4:16 e notas; Êxodo 25:10-22).
Era aquele o lugar onde o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento que visava a purificação espiritual e a comunicação com Deus era realizado e que continuou em princípio, até aos tempos do Novo Testamento.
18:3 – SEREIS REMISSOS – O mesmo verbo hebraico ocorre em Provérbios
18:9; 24:10. POSSUIR – Isto significa ocupar a terra completamente, algo mais do que a conquista inicial (1:11,15; 13:1; 21:43). Trata-se de um ato de fé obediente, porquanto estava baseado na promessa de Deus (1:11, nota), o que explica a nota de repreensão envolvida na pergunta feita por Josué.
O SENHOR DEUS DE VOSSOS PAIS – Temos aqui uma alusão às promessas feitas aos patriarcas da nação (1:1-9, nota). VOS DEU – ver notas em 1:2-3,11.
18:6 – PERANTE O SENHOR – A presença de Deus era representada pelo taber-
náculo, pois ali ele falava com os filhos de Israel “do meio dos dois querubins” (3:11; 7:23, notas; Êxodo 25:22).
18:7 – OS LEVITAS NÃO TÊM PAFRTE…GADE, E RÚBEN, E…MANASSÉS JÁ
HAVIAM RECEBIDO – A maneira de contar exatamente o número das
doze tribos em Israel é explicada novamente. Ver notas em 13:8-33;
13:14.
CAPÍTULO 19
19:1 – NO MEIO DOS FILHOS DE JUDÁ – O território conferido a Simeão era
dentro do território que coube a Judá (Gênesis 49:7). Judá e Simeão agiram juntos em Juízes 1:3,17. Em algum estágio, a tribo de Simeão parece ter perdido sua identidade distinta.
19:8-9 – HERANÇA – Ver nota em 1:6.
19:15 – DOZE – Não fica claro quais são essas doze cidades.
19:30 – VINTE E DUAS – Há mais de vinte e duas cidades mencionadas, mas
algumas podem ser referidas como marcos nas fronteiras.
19:38 – DEZENOVE – A lista, ao que tudo indica está incompleta.
19:47 – DÃ – Um relato mais completo sobre Dã e sua conquista de Lesem é dado
em Juízes 18.
19:49-50 – – Ver notas em 14: 6-15.
19:50 – O MANDATO DO SENHOR – Esse mandamento divino não ficou regis-
trado em qualquer outro lugar (conforme 14:9, nota). Ver Números 14:30.
TENATE-SERA – Ali seria sepultado Josué (24:30).
19:51 – ELEAZAR – Ver nota em 14:4. SILÓ – Ver nota em 18:1.
PERANTE O SENHOR – Ver nota em 18:6. TENDA DA CONGREGAÇÃO
Ver nota em 18:1.
CAPÍTULO 20
20:1-9 – O registro da divisão da terra é seguido por uma estipulação em favor da
justiça básica, ilustrando a preocupação de Deus pela justiça e pela pré-
servação da vida. A estipulação subentende a idéia de uma justa retribuição, ao mesmo tempo em que refreia a injustiça que poderia resultar da vingança (Deuteronômio 4:41-43).
20:2 – CIDADES DE REFÚGIO – Esses eram lugares onde certos infratores pode-
riam escapar de uma vingança injusta, na busca de um julgamento justo.
Cidades assim também seriam dadas aos levitas (Josué 21: 1-42);Números 35:6)
E, por implicação, esses seriam lugares onde a lei de Deus poderia ser encontrada. POR INTERMÉDIO DE MOISÉS – Ver Êxodo 21:12-14; ver o registro de Números 35:6-34; Deuteronômio 19:1-13.
20:3 – POR ENGANO…SEM O QUERER – Um pecado não intencional recebe um
tratamento específico por parte da lei (Levítico 4:2,13, 22,27; 5:15,18;
Números 15:22-29; 35:22; Deuteronômio 4:42; 19:4; Ezequiel 45:20; conforme
Hebreus 9:7). VINGADOR DE SANGUE – Esse vingador seria o parente masculino mais próximo da vítima, ou, talvez, um oficial da cidade onde o homicídio ocorreu (Números 35:19-21).
20:4 – À PORTA DELA – O portão da cidade era o lugar normal para se realizar
transações legais )Rute 4:1-12). ANCIÃOS – Aparentemente, os anciãos
faziam uma audiência preliminar acerca da causa do acusado.
20:5 – NÃO LHE ENTREGARÃO – Pressupõe-se em favor do réu.
20:6 – ATÉ QUE MORRA O SUMO SACERDOTE – A morte do sumo sacerdote
assinalava o fim de uma era e prova uma limitação convincente das esti-
pulações apresentadas aqui.
20:7 – DESIGNARAM – O verbo hebraico correspondente pode ser traduzido por
“separado” ou “santificado”.
20:8 – DALÉM – Ver Deuteronômio 4:41-43.
20:9 – O ESTRANGEIRO – A atenção dispensada aos estrangeiros em Israel
era uma característica regular da lei (por exemplo Êxodo 12:48-49; 20:10;
22:21; 23:9-12).
Capítulo 21
21: 1-42 – A última parte da divisão da terra é a atribuíção de cidades aos levitas,
cuja falta de uma herança na terra foi mencionada em 13:4 (nota); 13:33; 14:3,4; 18:7. Essas cidades continuavam a pertencer às tribos às quais elas tinham sido atribuídas, mas foram separadas, juntamente com as suas pastagens (versículo 8), para servir de morada aos levitas.
21:2 – O SENHOR ORDENOU, POR INTERMÉDIO DE MOISÉS – Referem-se a
Números 35:1-8. O pedido dos levitas, tal como o pedido de Calebe, em
14:6-12, foi uma expressão de fé na promessa de Deus.
21:3 – HERANÇA – Ver nota em 1:6
21:4 – SORTE – Ver nota em 15:1. COATITAS – Coate foi o segundo filho de
Levi (Êxodo 6:16; Números 3:17), mas seus descendentes tiveram pri-
mazia, porque a linhagem sacerdotal através, porque a linhagem sacerdotal
através de Arão descendia dele (Êxodo 6:18,20). Arão e seus filhos tinham sido escolhidos por Deus para serem sacerdotes (Êxodo 28:1). JUDÁ…SIMEÃO,,,
BENJAMIM – As cidades destinadas a essas tribos ficavam perto de Jerusalém,
Onde, posteriormente, o templo seria edificado, embora a própria
Jerusalém não seja mencionada neste capítulo.
21:6 – GÉRSON – Esse foi o primeiro filho de Levi (Êxodo 6:16; Números 3:17).
21:7 – MERARI – Este é o terceiro filho de Levi (Êxodo 6:16; Números 3:17).
21:10 – PRIMEIRA – A primazia da linhagem sacerdotal é enfatizada (versículo 4).
21:12 – CALEBE – Ver nota 3m 14:6.
21:13 – CIDADE DE REFÚGIO – Ver nota em 20:2.
21:17 – GIBEÃO – Ver nota em 9:3. Os gibeonitas tiveram que servir na Casa de
Deus (9:13, nota).
21: 43-45 – Este resumo passa em revista o livro e não apenas os capítulos 13-21.
A idéia que domina o livro inteiro é a fidelidade de Deus às Suas pro-
messas (versículo 45).
21:43 – JURARA DAR A SEUS PAIS – A fidelidade de Deus, confirmada neste
livro, é a sua fidelidade às promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó.
No Novo Testamento, essas promessas são identificadas com o evangelho (Gálatas 3:8; Introdução: Características e Temas).
21:44 – NENHUM…RESISTIU – Estas palavras sintetizam os capítulos 1-12, cum-
prindo a promessa de 1:5. INIMIGOS – Ver nota em 23:1.
21:45 – NENHUMA PROMESSA FALHOU – O escritor fala da conquista como se
tivesse sido completada (versículos 43-45, nota; 10:40-42; 11:23; 23:1,14),
enquanto continuava a descrever a ocupação como incompleta (13:1-7); 15:63;
17:12-13; 18:3; 23:5). Um país pode ser oficialmente derrotado e ocupado antes
que cada porção do mesmo cesse de oferecer resistência.
CASA DE ISRAEL – Israel é considerado uma unidade (1:12-15; 13:8-33 notas).
CAPÍTULO 22
22: 1-24-33 – Este livro se encerra com três capítulos sobre a fidelidade de Israel,
correspondendo à fidelidade de Deus, que tem sido o principal tema
até aqui (21:43-45, nota). A resposta humana exigida pela graça notável de Deus é o tema que se repete nos capítulos finais. Cada capítulo começa com Josué convocando o povo (22:1; 23:1,2; 24:1) e enfoca a sua atenção sobre a fidelidade
que Deus agora requeria da parte deles.
22:1 – RUBENITAS…MANASSÉS – Ver nota em 13:8-33.
22:4 – REPOUSO – Ver 21:44; 1:13, nota
22:5 – GUARDAR – AMEIS – ANDEIS – As várias expressões usadas para dês-
crever a resposta humana apropriada diante da graça de Deus encontram-se em Deuteronômio 4:9,29; 6:5; 10:12-13; 11:13 e notas. Elas retratam um amor
e uma obediência confiante e de todo o coração (23:11,nota; João 14:23).
22:6 -7 – ABENÇOOU – Ver 8:33, nota.
22:8 – VOLTAIS – As palavras de bênção de Josué assumiram a forma de manda-
mentos (tal como se vê em Gênesis 1:28). Obedecer-lhes é receber o benefício.
22:9 – SILO – Ver nota em 18:1. GILEADE – Referindo-se, de modo geral. Às
terras a leste do rio Jordão.
22:10 – ALTAR GRANDE E VISTOSO – Esse altar serviria de monumento (versí-
culo 27).
22:12 – TODA A CONGREGAÇÃO – Ver 8:35, nota. SAÍREM À PELEJA – A rea-
ção dos israelitas pode ser entendida à luz do mandamento de que não tivessem altares rivais no santuário central (Levítico 17:8-9). A lei requeria ações disciplinares contra a apostasia (Deuteronômio 13:12-18).
22:13 – FINÉIAS – a AÇÃO DELE EM Peor (versículo 17; Números 25:7-8), adi-
ciona solenidade ao fato de ter sido escolhido para essa missão
22:16 – TODA A CONGREGAÇÃO – A unidade de Israel é destacada em todo o
Livro de Josué. Fronteiras geográficas e diferenças de experiência são
Transcendidas pelo único Deus, sob cujas promessas todo o Israel era um só
Povo (13:8-33). O corolário constitui-se em que a apostasia e a rebelião contra Deus destruirão essa unidade. DEIXANDO…DE SEGUIR – A apostasia consiste na infidelidade contra o SENHOR, e o arrependimento é abandonar o pecado e voltar-se para o Senhor (I Reis 8:33; Jeremias 3:7; Oséias 6:1).
SEGUIR – A apostasia consiste na infidelidade contra o SENHOR, e o arrependimento é abandonar o pecado e voltar-se para o Senhor (I Reis 8:33;
Oséias 6:1).
22:17 – A INIQÜIDADE DE PEOR – Essa foi uma ocasião de grande apostasia,
antes do povo de Israel entrar na Terra Prometida (Números 25; JOSUÉ 2:1, nota). NÃO ESTAMOS PURIFICADOS – Quanto à purificação, ver Levítico 11-16. Uma purificação interior também está subentendida aqui. Os israelitas ainda não estavam libertos da tendência que demonstraram ter em Peor.
22:18 – SE IRARÁ – Ver nota em 7:1.
22:19 – SE A TERRA…É IMUNDA – Isto é, se a terra não se tornasse santa, mediante a presença de Deus. As terras a leste do rio Jordão eram uma dádiva de Deus tanto quanto as terras a oeste, apesar da separação geográfica pelo rio Jordão (13:8-13, nota).
TABERNÁCULO – Ver nota em 18:1 – contra nós – a APOSTASIA OFENDE NÃO SOMENTE A Deus, mas também a Seu povo.
22:23 – SE EDIFICAMOS – Ambos os grupos do povo de Israel aceitavam os
ensinamentos de passagens tais como Levítico 17:8-9; Deuteronômio 12
(versículo 16, nota). OFERTA – VER Levítico 1-3.
22:25 – POR LIMITE ENTRE NÓS E VÓS – O Livro de Josué repetidamente
rejeita a desunião. Ver 16, nota, NÃO TENDES PARTE NO SENHOR –
Negar que a terra pertencesse a Deus (versículo 19) era negar que eles compartilhariam da promessa de Deus.
22:27 – TESTEMUNHO – O altar devia funcionar como um testemunho (conforme
as pedras em Gilgal, 4:20-24) e não para servir como local de sacrifícios.
22:30 – SATISFEITOS – Contrastar a reação de Finéias à apostasia que realmen-
te houve, em Números 25:1-8.
22:31 – O SENHOR ESTÁ NO MEIO DE NÓS – Os temores expressos no versí-
culo 18 não se cumpriram, pois a infidelidade suspeitada não havia ocor-
rido. LIVRASTES – Essa é uma maneira incomum de salientar um fato importante; pois não terem se desviado do Senhor, eles tinham livrado Israel da ira de deus.
22:34 – TESTEMUNHO – O altar testificava (versículo 27) da realidade única que
unia o povo inteiro de Israel e, por implicação, do delito que poderia destruir Israel (versículo 16).
CAPÍTULO 23
23: 1-16 – Josué, em sua idade avançada, discursou perante todo o Israel,
provavelmente em Siló (18:1; 19:51; 21:2). Os capítulos 23-24 tomam as exortações do primeiro capítulo e aplicam-nas a Israel, depois do cumprimento substancial das promessas de Deus. O começo e o fim do livro (capítulos 1; 23-24) transmitem o propósito do Livro inteiro que é o de exortar à uma obediência fiel baseada na completa fidelidade de Deus às Suas promessas.
O discurso de Josué, no capítulo 23, exprime isso por três vezes (versículos 3-8, 9-13, 14-16), com variações quanto à ênfase.
23:1 – REPOUSO – Ver nota em 1:13. A experiência de “repouso a Israel de todos os seus inimigos”, aqui ainda incompletamente concretizada, ornar-se-ia parte da esperança de Israel (Deuteronômio 12:10; II Samuel 7:11; I Crônicas 22:9; conforme Miquéias 5:9; Lucas 1:71).
INIMIGOS – Israel representava o reinado de Deus perante o mundo (Êxodo 19:5-6) e seria uma bênção a todas as nações (Gênesis 12:3).
A hostilidade das nações contra Israel era uma expressão de sua hostilidade contra Deus (conforme Gênesis 3:15; Êxodo 23:22; notas)
VELHO – Josué morreu com 110 anos de idade (24:29, nota).
23:2 – A TODO ISRAEL – Josué convocou representantes de todas as tribos
23:3-8 – Nesses versículos, o chamado à obediência foi introduzido por um lem-
brete sobre a fidelidade de Deus (versículos 5,9,14).
23:3 – DEUS …PELEJOU POR VÓS – Ver nota em 10:14.
23:4 – NAÇÕES QUE RESTAM – Uma afirmação da completa fidelidade de Deus
às suas promessas e da natureza incompleta da conquista real aparecem.
lado alado, neste capítulo (21:45, nota).
23:6 – ESFORÇAI-VOS, POIS…MUITO – As conseqüências das promessas de
Deus, aplicadas a Josué, em 1:6 (nota), são agora aplicadas a todo o povo
de Israel.
E CUMPRIRDES – Ver nota em 1:7. NO LIVRO DA LEI – Ver nota em 1:8.
23:7 – PARA QUE NÃO VOS MISTUREIS COM ESTAS NAÇÕES – O original
hebraico faz uma conexão íntima entre os versículos 6-7. A obediência
fiel ao Livro da Lei levaria os israelitas a evitarem a associação com as nações
pagãs.
23:8 – VOS APEGAREIS – Ver nota em 22:5. COMO FIZESTES – A geração pré-
via que se rebelara no deserto e as gerações que se seguiram não agiram
da mesma forma (conforme 24:31).
23:9 – NINGUÉM VOS RESISTIU ATÉ AO DIA DE HOJE – A promessa feita a
Josué, em 1:5, foi cumprida em favor dos israelitas (Deuteronômio 7:24;
11:25).
23:11 – PARA AMARDES O SENHOR, VOSSO DEUS – Na Bíblia, o amor pode
ser ordenado. Isso não significa que a tal amor falta profundeza emocio-
nal. Na verdade, o amor bíblico envolve mais do que as emoções. Esse amor é
expresso em obediência alegre e voluntária (22:5, nota).
23:12 – VOS DESVIARDES – Ver 22:16, nota. E COM ELAS VOS APARENTAR-
DES – Ver notas em Gênesis 26:34-35; 34:1-31; 38:1-30.
23:13 – DEUS, NÃO EXPULSARÁ MAIS – A validade da promessa de Deus (ver
versículo 5) não dependia da cooperação humana. A história de Israel
mostra isso, como também o resto da Bíblia, culminando na obra de Cristo.
Mas a promessa divina não beneficiaria aqueles que rejeitassem a graça de Deus.
Essa estipulação fazia parte da promessa divina, desde o princípio (Gênesis 12:3).
23:14-16 – Ver nota nos versículos 3-8. Nesta seção final do discurso de Josué, a
exortação, uma vez mais, baseia-se em um lembrete da fidelidade de Deus, mas consiste inteiramente de advertências quanto às conseqüências de
desviar-se do Senhor.
23:14 – VÓS BEM SABEIS DE TODO O VOSSO CORAÇÃO E DE TODA A
VOSSA ALMA – O conhecimento da fidelidade de Deus nunca pode ser
Uma questão meramente intelectual, mas permeia e amolda os aspectos da vida do indivíduo, NEM UMA SÓ PROMESSA – Ver nota em 21:45.
23:15 – BOAS COISAS…AMEAÇAS – Existem dois aspectos na fidelidade de Deus, porquanto há dois lados em sua aliança – promessas e advertências.
Pode-se confiar que Deus cumprirá Suas promessas.
23:16 – QUANDO VIOLARDES A ALIANÇA – Ver nota em 7:11. IRA – Ver nota
em 7:1.
CAPÍTULO 24
24: 1-28 – Já perto do fim de sua vida, Josué liderou o povo em uma reafirmação,
mais ou menos aquilo que Moisés fizera pouco antes de sua morte..
(Ver Deuteronômio 32:46). Tal como no caso de Deuteronômio, pode haver uma analogia entre essa renovação da aliança e o tipo de tratado que era usado, tipicamente, para formalizar as relações entre as nações poderosas e as nações mais fracas, das quais eram suseranas (ver Deuteronômio: Introdução).
Esses tratados, chamados de “tratados de suserania”, comumente incluíam elementos como aqueles que se acham em Josué 24, tais como um prólogo histórico passando em revista os cuidados tomados pela parte mais forte em relação ao seu país cliente (versículos 2-13); uma proibição a qualquer aliança externa (versículos 25-26). Também existem diferenças significativas entre esses tratados antigos e Josué 24.
24:1 – REUNIU JOSUÉ TODAS AS TRIBOS – Ver 8:33-35; 23:2, nota.
SIQUEM
– O próprio lugar onde Deus tinha prometido pela primeira vez, a terra aos
descendentes de Abraão (Gênesis 12:6-7) foi o lugar onde os seus descendentes
de Abraão (Gênesis 12:6-7) foi o lugar onde os seus descendentes se reuniram depois de terem recebido a terra. Ver nota em 8:30. DIANTE DE DEUS – Isso não
implica, necessariamente, a mudança do tabernáculo de Siló (Josué 19:51) para
Siquém, naquela ocasião. A presença de Deus não estava restrita ao tabernáculo
(conforme I Reis 8:27), assim como a sua presença também não era garantida pela possessão física da arca (I Samuel 4:3-11).
24:2 – ASSIM DIZ O SENHOR – Josué fala com a autoridade de Moisés (Deuteronômio 5:27) e de um profeta (Deuteronômio 18:15-19). DALÉM DO EUFRATES – Presumivelmente, a referência aqui é a UR (Gênesis 11:28) ou Harã
(Gênesis 11:31). OUTROS DEUSES – Esse aspecto pagão sublinha a graça de Deus, da qual essa história testifica e provê o pano de fundo para a exortação no
versículo 14.
24:3-13 – A palavra de Deus ao povo de Israel nessa oportunidade não represen-
tou uma palavra nova. Os livros de Gênesis (versículos 2-4), Êxodo (versículos 5-7), Números (versículos 8-10) e Josué (versículos 11-13) são passados em revista por meio de reiterações do trato do Senhor com o povo de
Israel desde os tempos de Abraão, enfocando a dádiva da Terra Prometida a Abraão, agora recebida pelos seus descendentes.
A recapitulação começa com a condenação da promessa feita a Abraão, passando pela saída do Egito (Gênesis 11-50).
24:3 – EU, PORÉM – Deus é o sujeito dominante dos verbos nos versículos 3-13;
LHE MULTIPLICAREI A DESCENDÊNCIA – A promessa de muitos descendentes a Abraão é uma consideração proeminente em (Gênesis 12:2; 15:5;
17:2 e notas) e está relacionado à bênção de Deus sobre a humanidade, em Gênesis 1:26-28 (conforme Êxodo 1:7, nota).
24:4 – JACÓ E ESAÚ – O princípio da eleição divina ficou clara na escolha de
Jacó sobre Esaú (Gênesis 25:23; Romanos 9:11, nota).
Assim também fica clara a realidade de que as promessas de Deus estão em aparente conflito com o curso imediato da história. Jacó precisou ir ao Egito.
24:5-7 – O relato de Josué acerca do êxodo é notável por não ter ele mencionado
a outorga da lei no monte Sinai. O relato concentra-se nas ações que
levaram diretamente à ocupação da Terra Prometida.
24:6 – MAR VERMELHO – Ver notas em Êxodo 13:18.
24:7 – VOSSOS OLHOS VIRAM – O povo dos dias de Josué é referido como
tendo participado dos eventos remidores do passado. Isso enfatiza que eles deveriam ver a bondade de Deus para com eles, não somente em sua experiência pessoal, mas também na história mais ampla de seu povo. Ver nota em 4:23-24. NO DESERTO POR MUITO TEMPO – Algumas poucas palavras resumem tudo desde a travessia do mar Vermelho até à chegada na Terra Prometida, Ver nota nos versículos 5-7.
24:8-10 – O resumo de Números feito por Josué não menciona as rebeliões que
tiveram lugar no deserto (Números 14:25), provavelmente porque a
ênfase, em sua recapitulação, esteja nos feitos de Deus.
24:8 – AMORREUS – Ver nota em 2:10.
24:9 – BALAÃO – Ver Números 22:24; nota em Josué 13:22.
24:10 – E ELE TEVE DE VOS ABENÇOAR – Balaão ilustra o completo poder de
Deus sobre aqueles que quiseram prejudicar seu povo.
24:11 – AMORREUS – Ver 3:10, nota.
24:12 – VESPÕES – Provavelmente, tenhamos aqui uma metáfora que indica um
pânico súbito (2:9; 5:1; Êxodo 23:28; Deuteronômio 7:20).
NÃO COM TUA ESPADA – Os israelitas receberam a terra como uma dádiva que
Não devia ser considerada sua própria realização (1:2, nota; conforme
Efésios 2:8).
24:14 – TEMEI AO SENHOR – Ver Josué 4:24. Essa reação positiva é requerida
pela história da fidelidade de Deus às Suas promessas, nos versículos 2-13. O temor ao Senhor é associado ao conhecimento de Sua graça e é plenamente compatível com o amor a Ele (Deuteronômio 10:12-13; Salmo 130:4). Contrastar com 2:9 em que os cananeus temeram a Deus por causa de Seu julgamento vindouro e com 7:5, em que os israelitas experimentaram a ira de Deus. DEITAI FORA OS DEUSES – Isso pode referir-se, literalmente, aos ídolos,
ou, metafóricamente, aos deuses que esses ídolos representavam, ou a ambas as coisas. A bondade de Deus para com Israel (versículos 2-13) requer uma lealdade exclusiva, resumida pelo primeiro mandamento (Êxodo 20:2).
EUFRATES – Ver nota no versículo 2. NO EGITO – A idolatria de Israel no Egito
seria lembrada por Ezequiel (Ezequiel 20:7-10; 23:3-8, 19-21,27).
24:15 – ESCOLHEI, HOJE, A QUEM SIRVAIS Há uma certa ironia em oferecer
uma espécie de escolha, depois que o Senhor fora rejeitado. A escolha
foi entre os deuses que Abraão deixara para trás (versículos 2-3) e os deuses dos
amorreus que tinham sido expulsos da Terra Prometida (versículo 12; 21:10, nota). EU E MINHA CASA – Ver 6:25; 7:24; Atos 16:15.
24:16-18 – Em resposta ao chamado do versículo 14, o povo de Israel repudiou
os outros deuses (versículo 16), reconheceu a bondade de Deus desde o Êxodo até à conquista e concluiu prometendo obediência ao Senhor.
24:19 – NÃO PODEREIS SERVIR AO SENHOR – Essa declaração paradoxal em
breve mostraria ser verdadeira (versículo 31, nota; 7:1-26, nota; 23:12-13,
nota; Juízes 2:7, 10-13; II Reis 17: 7-23; Deuteronômio 31:16).
Ela baseia-se na santidade de Deus, da qual ninguém pode aproximar-se desatentamente (Salmo 15:1-2; Eclesiastes 5:1-2). Ademais, Josué advertiu o povo de Israel por conhecer pessoalmente a rebeldia deles (22:17, nota).
SANTO – Somente um povo separado dos caminhos pagãos (Levítico 18:3; 20:26) pode servir a Deus que é Santo, inteiramente separado de outros deuses (Levítico 19:2). ZELOSO- Ver Êxodo 20:5, nota. NÃO PERDOARÁ – As transgressões em vista, aqui, equivalem à apostasia descrita no versículo seguinte.
24:20 – SE VOLTARÁ – A maneira de Deus tratar com o povo mudaria da graça
para o juízo (Gênesis 6:7). Em um outro sentido, Deus nunca muda
(I Samuel 15:29), visto que a Sua promessa sempre incluía a ameaça de castigo (23:15; Gênesis 6:6 e notas).
24:21 – SERVIREMOS AO SENHOR – O povo de Israel rejeita a possibilidade
imaginada ou predita, no versículo 20.
24:22 – TESTEMUNHAS CONTRA VÓS MESMOS – Quando eles forem acusa-
dos de abandonar o Senhor, a causa contra eles seria ratificada pela
decisão deles naquele momento.
24:23 – DEITAI FORA – Ver nota no versículo 14.
24:25 – FEZ JOSUÉ ALIANÇA – Josué formalizou o relacionamento (conforme
Gênesis 15:18; Deuteronômio 4:23; 29:1; ver também notas em (3:3 e
9:6). ESTATUTO E DIREITO – Esse estatuto especificaria o conteúdo da obediên-
cia de Israel ao Senhor.
24:26 – LIVRO DA LEI DE DEUS – Provavelmente, deve ser identificado com o
livro da Lei em 1:8; 8:31; 23;6.
CARVALHO – Conforme Gênesis 12:6; 36:4; Juízes 9:6.
24:27 – TESTEMUNHO – Compare com as pedras em Gilgal, que deviam prover
um testemunho do que Deus havia feito (4:20-24, nota).
24:28 – CADA UM PARA A SUA HERANÇA – Essas palavras são uma nota apro-
priada de conclusão ao livro que fala sobre a dádiva divina da aliança pro-
metida a Israel. Palavras semelhantes ocorrem, após um período consideravelmente diferente no fim do livro de Juízes (Juízes 21:24- Ver nota em 1:6.
24:29-33 – As mortes de Josué e Eleazar assinalam o fim do período tratado neste
livro. Seus sepultamentos, juntamente com o sepultamento dos ossos de José, na terra que agora estava sob a posse de Israel, simbolizam o cumprimento fiel das promessas feitas por Deus aos patriarcas.
24:29 – SERVO DO SENHOR – Ver nota em 1:1. CENTO E DEZ ANOS – Essa
também era a idade de José quando ele morreu (Gênesis 50:22, nota).
Vidas longas assim indicavam as b} bençãos de Deus (conforme Deuteronômio 34:7).
24:30 – SUA PRÓPRIA HERANÇA – Ver 19:49-50. Diferente de Abraão, que
tivera que comprar terras para obter um lugar de sepultamento (Gênesis 23:4; conforme Gênesis 33:19), Josué foi sepultado em sua própria terra.
24:31 – SERVIU, POIS,ISRAEL ao SENHOR TODOS OS DIAS DE JOSUÉ –
A fidelidade da geração de Josué e dos anciãos serviu de testemunho ao poder do Senhor em tudo quanto Ele havia feito por Israel, O fato de que tal fideli-
dade seria de breve duração dá apoio à declaração de Josué nos versículos19-20
(notas; Juízes 2:7, 10,13).
24:32 – OS OSSOS DE JOSUÉ – A promessa que foi crida por Josué (Gênesis
50: 24-25 e notas) agora alcança o seu cumprimento.JACÓ COMPRARA-
Ver Gênesis 33:19. A nova situação de possuir a terra é novamente contrastada com os tempos dos patriarcas, que tinham apenas a promessa de que a receberiam.
24:33 – ELEAZAR – Ver nota em 14:1. FINÉIAS – Ver nota em 22:13.
EBENÉZER !!!
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