25 de fevereiro de 2013
CONFIAR EM DEUS OU NO HOMEM?

Leitura Bíblica: Jeremias 17:5 a 18

 
Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (versículos 5 e 7).
 
            A Bíblia é positiva e propositiva. Predominam os textos que falam da confiança absoluta, irrestrita e incondicional em Deus. Ele nunca, jamais desapontou a quem quer se seja, que Nele confiou e obedeceu.  Os resultados da obediência a Deus e à Sua Palavra são altamente positivos.
            Israel confiou no Senhor; são bem-aventurados os que confiam em Deus, ver Salmos 40 e 128). O Rei Ezequias confiou no Senhor (II Reis 18:1-12); o dilema de confiar em Deus ou no homem, só pode ter uma resposta: é confiar irrestritamente no Senhor; confiar em você, clamando sempre pela Bondade e Misericórdia do Senhor; e confiar no outro, especialmente nos irmãos na fé, até que provem não merecer tal confiança sua. E mesmo quando for desapontado, atente para o fato de que a vasta maioria tem sido confiável, sincera e leal. A presunção de inocência e de lealdade traz paz ao meu, ao seu e ao nosso coração. Viver sempre desconfiado é tortura constante para a sua alma. A filosofia grega Aristotélica diz: “Guardar mágoas e ressentimentos no coração, é como beber veneno, crendo que o seu desafeto morrerá. “Ou no adágio popular da cultura brasileira:” O ódio é como a água salgada, quanto mais você bebe, mais sede tem. “É tempo de perdoar do íntimo, amar com gestos concretos e de retirar do coração toda e qualquer mágoa”.
           
Analisemos a palavra profética de hoje: Jeremias 17:5 a 18:
 
(I) MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM (v.5)
 
É um voto de desconfiança na humanidade caída, destituída da graça. “Aquele que se isola da dimensão vertical e transcendental com Deus, nesta palavra profética de Jeremias, fica como “arbusto solitário no Deserto, que não vê, não percebe quando vier o bem”, morará nos lugares ermos, de terra salgada e inabitável”.
      Há pessoas que desconfiam de tudo e de todos. Tornam-se amarguradas, tristes e vão se isolando. Quem se isola, isolado fica. Na família de Deus devemos confiar, pelo menos até que a pessoa mostre não ser confiável; ainda assim, há lugar para o perdão, que conduz à reconciliação. Já no mundo secular, valem as leis, os tratos e os contratos com direitos e obrigações.
Até no mundo secular, eu prefiro acreditar numa maioria moral, ainda que silenciosa e, não raro, omissa, do que viver em permanente expectativa de ser enganado. Existe um pacto social, os usos e os costumes que regulam a convivência humana.
 
(II) BENDITO O HOMEM QUE CONFIA NO SENHOR
E CUJA ESPERANÇA É O SENHOR. (v.7)
 
Deus não desampara nunca. Jesus Cristo jamais desapontou alguém, e você não será o primeiro a ser por Ele desapontado. É com muita segurança que afirmo: Nunca desespera quem espera e confia em Deus. “Até no meio do sofrer, é céu a Cristo conhecer”; O sofrimento com Cristo gera esperança; já o sofrimento sem Cristo leva ao desespero.
            O contraste da palavra profética é simples e claro. Quem confia no homem é arbusto solitário no Deserto. Quem confia no Senhor é como o Monte de Sião, que não se abala; mas permanece firme para sempre. Jeremias 17:8 diz que aquele que confia no Senhor é justo e justificado, pela Graça, mediante a fé; é como árvore plantada junto às águas – de que fala o Salmo 1º. As suas raízes se estendem para ribeiro e não receia quando vem o calor e sua folha fica verde; e, no ano da sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. Você, que é bom de Bíblia, já percebeu o paralelo entre o JUSTO e o ÍMPIO do Salmo 1º, transportado para esta palavra profética, no contraste entre O BENDITO, o Justo e o MALDITO, o ímpio. O primeiro crê e confia no Senhor; o segundo acredita e confia no homem.
 
(III) O CORAÇÃO HUMANO É ENGANOSO E DESESPERADAMENTE
CORRUPTO, QUEM O CONHECERÁ? (v.9)
 
            O Senhor conhece a fundo. Ele esquadrinha o coração e prova os pensamentos, Novamente a palavra profética reflete o Salmo 139:1 a 6 e 23 e 24. A palavra de Deus é completa.
            Conhecer o coração humano, analisar as reações dos outros, contabilizar as vezes em que um irmão e um amigo decepcionaram, torna-nos descrentes em relação ao ser humano. O Apóstolo Paulo, diz: “Nem eu mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro e sim o que detesto” (Romanos 7:15).
Somente a Graça, o poder de Deus e a Sua misericórdia podem curar esse tipo de esquizofrenia espiritual. Precisamos ser espiritual, emocional e moralmente íntegros diante de Deus, para sermos vasos de honra, de graça e de misericórdia: Leia Romanos 9:19 a 24.
 
(IV) RIQUEZAS MAL ADQUIRIDAS NÃO TÊM PERMANÊNCIA. (v.11)
 
            A palavra profética de hoje diz dos que ajuntam riquezas desonestamente, que eles são como a perdiz que choca os ovos de outro pássaro, do godero; ou ele deixa as riquezas para outro em meio dos seus dias ou as perderás completamente “e no seu fim será insensato”. Tenho visto muita gente rica, que se julgava inabalável, perder tudo; tenho visto gente que foi à banca rota, quebrou e se reergueu várias vezes.
            É o que nos ensina o Espírito Santo, na primeira Epístola de Paulo a Timóteo, 6:17 a 19; Exorta aos ricos do presente século:
            Que não sejam orgulhosos;
            Que não depositem as suas esperanças na instabilidade da riqueza;
            Mas em Deus ponham a sua confiança;
            Ele tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento;
            Que pratiquem o bem,
            Que sejam ricos de boas obras;
            Generosos em dar e prontos a repartir;
Que acumulem tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se                   apoderarem da verdadeira vida.
 
Martinho Lutero declarou: “Tudo o que eu guardei, eu perdi; e tudo o que eu doei, eu tenho até hoje.” E, não só isto, o que você doa é investido em vidas, no resgate da cidadania e em uma obra de conseqüências eternas.
            O profeta Jeremias demonstra que Deus o socorreu dos seus inimigos. Vale a pena crer e confiar em Deus. O Salmo 17 mostra a temporária felicidade dos ímpios e a permanente e eterna felicidade dos justos. “Uma boa consciência segue sendo o melhor travesseiro”.
            O brado final é: “Cura-me, Senhor, e serei curado, salva-me, e serei salvo; porque Tu és o meu louvor” (versículo 14). Que tal voltar a confiar em Deus e parar de aceitar ser manipulado pelos homens!
 
Rev. GUILHERMINO CUNHA
                                                   Pastor da Igreja
Publicação autorizada pelo Presbítero Romeu Maluhy Junior, epíscopo e pastor

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