25 de fevereiro de 2013

 
Autoria do Reverendo Romeu Maluhy, pastor da Igreja Presbiteriana

Publicação autorizada pelo Presbítero Romeu Maluhy Junior, pastor e epíscopo

Agradecimentos de Universal Assembléia da Santa Aliança Cristã

Presbítero Jailson Pereira, apóstolo e epíscopo

 
 
 

JUSTIFICAÇÃO PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ

 

Leitura Bíblica: Romanos 5:1-11

 

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Versículos 8 e 9)

 

            Justificação é um ato da soberana Graça de Deus, mediante o qual os nossos pecados são lançados sobre Jesus Cristo e Elem morre em nosso lugar, os méritos de Cristo são atribuídos a nós e vivemos Nele, com Ele e para Ele.

Em outras palavras, “justificação significa o ato de Deus, que redime os pecados de pessoas, como nós, culpados e mortos em nossos delitos e pecados.

Ele nos deu vida; pela Graça somos salvos…” Efésios 2:5 a 10. Nós, culpados, somos declarados justos com base nos méritos de Cristo, no que Ele fez por nós.

É pela Graça mediante a fé, não vem de vós, é dom de Deus. Somos justificados não pelo que fazemos mas pelo que Ele fez por nós. É pela Graça mediante a fé, não vem de vós, é dom de Deus. Somos justificados não pelo que fazemos mas pelo que Ele fez por nós. Ele cumpriu a lei, morrendo em nosso lugar. Ele derramou o seu sangue por nós. Diz a Bíblia, “e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1:7).

            Justiça é atributo inerente ao Deus justo, puro e Santo: “kadosh, kadosh, kadosh”: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6:3). O termo “justificar”, tanto no grego quanto no hebraico, significa “absolver”, é o oposto de “condenar”; significa “declarar justo” com base no que Outro fez por nós: Jesus Cristo, na Cruz do Calvário morreu por mim e por você. Tal gesto só tem uma explicação: “é graça, irmão, superabundante graça, maravilhosa graça: é crer, aceitar e agradecer: passar a viver por e para Cristo, em Cristo e com Cristo. A Bíblia explica assim: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16) e não carece de outras explicações, basta esta.

            Para Paulo a justificação é a bênção fundamental de Deus, pois essa bênção tanto salva do passado como assegura o futuro. Por um lado, significa perdão, e o fim das hostilidades entre Deus e nós mesmos. (Atos 13:39; Romanos 4:6; 5:9). 

Por outro lado, significa aceitação e direito a todas as bênçãos prometidas aos justos, pensamento esse que Paulo desenvolve ligando a justiça com a adoção e a herança (Gálatas 4:4; Romanos 8:14). Ambos os aspectos aparecem em Romanos 5:12, onde Paulo diz que a justificação traz tanto a paz com Deus, visto que os pecados foram remidos, como a esperança da glória de Deus visto que o pecador é aceito como justo.

            Essa esperança é uma certeza; pois a justificação tem certa significação escatológica. Trata-se do julgamento do último dia trazido para o presente, um veredito final e irreversível. O indivíduo justificado, por conseguinte, pode ficar certo que nada será capaz de separá-lo do amor de seu Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8:33-39; conforme 5:9).

            A Sua glorificação é certa (Romanos 8:30). A inquisição futura, perante o tribunal de Cristo (Romanos 14:14 e seguintes; II Coríntios 5:10) poderá privá-lo de certos galardões específicos (I Coríntios 3:15), mas jamais de sua posição de justificado pela graça mediante a fé, ou seja, salvo pela graça.

 

I – A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ É REAL E NECESSÁRIA

 

            O tema da Epístola de Paulo aos Romanos está no capítulo 1º, versículos 16 e 17 e deixa claro: primeiro, que o Evangelho é poder de Deus; e segundo, que é para a salvação de todo aquele que crer, confiar e descansar no Senhor; que tanto os judeus, quanto os gentios carecem “desta tão grande Salvação. Salvo dos pecados passados, salvo hoje, aqui e agora, dos pecados presentes, e nos salvará dos pecados futuros e no futuro nos livrará da presença do pecado, da maldade, da violência. Leia e medite em João 10:10 e Isaías 6 a 9.

            O tema da Epístola é Justificação pela Graça, mediante a Fé. O Evangelho, Cristo é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer, pois não há distinção entre judeus e gentios, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). A pergunta que não quer calar é: O que é salvação?

            Positivamente, significa conduzir as pessoas a Cristo a fim de que experimentem: o perdão dos pecados, a justificação pela fé em Cristo (Romanos 6: 1-4; 12:1 e 2; e Hebreus 12:14); a sentir-se livre e liberto de fato e de verdade (João 8:32 e 36; Gálatas 5:1; e II Coríntios 3:17); gozar das bem-aventuranças (Mateus 5:1-11; da comunhão com Deus – (Efésios 2:13;); do amor de Deus e da vida eterna(Efésios 2:1; Colossenses 3:1-4).

 

II – JUSTIFICAÇÃO: PRIMEIRO DO JUDEU, MAS TAMBÉM DO

GREGO, OU SEJA, DOS GENTIOS

 

            A pergunta que segue é: “Como Paulo prova que o Evangelho é de fato e de verdade o poder de Deus para a salvação de todo aquele que exerce a fé?

Não basta “crer”, no sentido de um mero e conveniente assentimento intelectual, é crer e confiar. A resposta se completa no versículo 17 de Romanos 1: “Porque Nele (em Cristo) se revela a justiça que vem de Deus, e de fé em fé; como está escrito: o justo, porém, viverá pela fé”. A justiça que vem de deus é justiça de Deus atribuída ao que crê, confessa, aceita, confia e descansa no Senhor, “por tudo o que Ele fez na cruz por nós…por isso damos graças a Jesus e passamos a viver para Ele. Ele nos resgatou, ou seja, pagou o preço por nós, logo, não nos pertencemos mais.

            “Lutero queria “justificar-se pelas penitências, queria pagar pelos seus pecados; até que, um dia, iluminado pelo Espírito Santo, compreendeu que o que estava implícito aqui não era a justiça retribuidora de Deus, mas sim a justiça gratuitamente imputada ou atribuída ao pecador salvo pela Graça de Deus, “não vem de vós, é dom de Deus…” (Efésios 2:6-9). Ele aceitou a justificação pela fé e parou de fazer penitências e discordou dos industriais da fé do século XVI, os vendedores de indulgências.

            A experiência de Martinho Lutero mudou sua visão da Bíblia. Ele passou a ler as Sagradas Escrituras como um livro de luz e de alegria. A paz de Deus e a alegria de viver como salvo, perdoado e regenerado, pararam uma viva e nova esperança.

            Tanto Lutero quanto Calvino traduziram “Justificação” como “a justiça de Deus” atribuída ao ser humano. “O Justo viverá pela fé”.

            Temos visto, até aqui, que os judeus necessitam da justificação pela graça, mediante a fé. Assim foi com o patriarca Abraão: “Os gentios necessitam dessa justificação”; Todos nós necessitamos dessa justificação.

 

III – JUSTIFICAÇÃO PRODUZ PAZ!

 

O fruto da justiça é doce, traz paz. A pessoa que tem sentimento de culpa, anseia pela justificação para que volte a viver em paz co a sua consciência, com as outras pessoas e com Deus.

 

a) Justificados temos paz com Deus ou tenhamos paz com Deus, que só é possível por meio de Jesus Cristo.

 

b) Paz objetiva fruto subjetivo da justificação;

 

c) Exultamos na perspectiva nítida da glória de Deus. E isto nos dá esperança e nos faz ter paz;

 

d) É tão maravilhoso ser justificado que nos faz gloriar até nas tribulações e nas fraquezas;

 

e) O sofredor está fragilizado, ele busca força em Deus. O sofrimento produz esperança: E a esperança não confunde porque o amor é derramado no meu coração.

 

            A seqüência é nítida; a tribulação produz perseverança; a perseverança, experiência; e a experiência produz esperança. Segue-se o verso 5. Leia-o.

 

A quem você tem agradado mais? À carne ou ao espírito; a Deus ou ao Diabo? É preciso andar no Espírito e jamais satisfazer as concupiscências da carne; agradar a Deus, somente a Ele.

 

Deus nos Abençoe.                     

 

 

Rev. Guilhermino Cunha

 

Pastor da Cunha

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